segunda-feira, 5 de março de 2012

Você sabe o que é Seleção por Competências?

por Simoni Aquino

Fonte da imagem: Internet
Atualmente, os processos de seleção estão mais complexos do que há tempos atrás e é natural porque estamos vivendo um contexto extremamente dinâmico: 
vivemos na Era do Conhecimento, as tecnologias estão cada vez mais avançadas, a disseminação das informações é muito ágil e a concorrência empresarial está cada vez mais acirrada. Em contrapartida, o número de universidades aumentou consideravelmente, bem como a renda da população, dessa forma um número cada vez maior de pessoas passaram a ter acesso ao nível superior, fora o fato que o número de profissionais no mercado de trabalho vem aumentando a cada dia. 

Sendo assim a concorrência na busca por recolocação está em nossa porta!

Já abordei anteriormente os temas Empregabilidade e CHAS e hoje falarei sobre Seleção por Competências.

Pelos motivos citados, cada vez mais as empresas estão “fechando o cerco” para contratar os profissionais mais preparados; e para alcançar esse objetivo houve a necessidade de rever os processos de seleção utilizados há tempos e reinventar a Seleção, de modo que seja possível atender a esta nova dinâmica que o mercado de trabalho apresenta. Esse novo modelo visa focar nos detalhes que antes eram pouco observados ou passavam despercebidos e recebe o nome de Seleção por Competências.

Não basta ter experiência, cursado graduação, ter um segundo idioma e possuir nível de especialização. Hoje o que vale é o que o profissional produziu e agregou de valor com todo o conhecimento que possui, ou seja, os resultados positivos alcançados. Portanto, não basta ter uma série de cursos no currículo, o que será levado em consideração é a utilização que o profissional fez dessas ferramentas e o que o profissional conquistou de resultados na prática com os conhecimentos obtidos.

OBJETIVOS
A abordagem de avaliação utilizada na Seleção por Competências facilita a identificação dos “marqueteiros” ou dos “espertinhos” de plantão que tentam burlar a seleção, "vendendo seu peixe da melhor forma possível", mas de maneira superficial e quando aprovados iniciam as suas atividades e mostram-se incompetentes e por vezes, podem nem passar do período de experiência. Este modelo minimiza as situações que se apresentam maquiadas durante o processo de seleção, pois fica mais fácil observar se o candidato soube empregar o conhecimento adquirido trazendo uma nova solução para determinado problema ou se o candidato limitou-se apenas em fazer o seu trabalho.

Resumidamente, a prioridade da Seleção por Competências é a investigação e a análise do desempenho do candidato em situações passadas e que revelariam possíveis comportamentos em situações similares na próxima atuação profissional.

QUAIS AS COMPETÊNCIAS AVALIADAS?
No artigo Competências, abordei e expliquei o que significa cada uma das diversas competências avaliadas e requeridas pelo mercado de trabalho. Essas análises dependem da empresa, do cargo oferecido e do nível hierárquico, mas as principais no contexto atual são:
Adaptabilidade, capacidade de trabalhar sob pressão, iniciativa, liderança, flexibilidade, jogo de cintura, capacidade de auto avaliação, senso crítico, senso analítico, capacidade de trabalhar em equipe, resolução de conflitos, foco em resultados, capacidade de obter alianças, perseverança, autenticidade, criatividade, cooperação, tomada de decisões, ética dentre inúmeras competências.

Muitos consideram que são competências: pontualidade, assiduidade, comprometimento ou capacidade de cumprimento de normas.
Não é! Isso é obrigação de todo o profissional que almeja ser contratado, sem essas características o profissional não permanece em empresa nenhuma.

CUIDADO COM O PROCESSO
Mas o candidato deve ter cautela, pois essas competências não são uma regra a ser seguida. Deve ter cuidado para não cair no risco do artificialismo, que será facilmente detectado neste modelo de seleção e se houver a detecção de tentativa de maquiar, o candidato se prejudica no processo e pode ser eliminado, uma vez que as etapas de um processo de seleção se complementam e podem apontar as contradições. 
Deve-se sempre levar em conta também as variações de empresa, cargo e nível hierárquico, dessa forma, podemos entender que o que vale para uma situação não quer dizer que vale para todas as situações do mercado de trabalho.

Devemos ter em mente que a veracidade em todo o processo não é garantia da recolocação, pois a concorrência é enorme e da mesma forma que um candidato se sai muito bem no processo, outros também irão. Em contrapartida, se o candidato maquiar o processo e conseguir ludibriar o selecionador, poderemos ter duas situações:
- Falha do selecionador, que não detectou essa “estratégia” e aprovou o candidato;
- Curta passagem do profissional pela empresa, uma vez que não “consegue” se segurar na posição por falta das competências necessárias, o que pode ser indicado pelas rápidas passagens por empresas em muitos currículos que o recrutador recebe diariamente que não indicam experiência profissional, que podem indicar inconsistência e instabilidade na trajetória profissional.

ANÁLISE
Na Seleção por Competências não há respostas certas ou erradas, o que temos é o profissional mais indicado e o que será analisado:
- se o profissional possui as competências necessárias para o desempenho de sua função;
- se o profissional preenche requisitos mínimos: escolaridade, conhecimentos de informática, disponibilidade de horário, localização da residência, disponibilidade ou não para viagens e etc.;
- se poderá cumprir a sua missão para a área e para a empresa;
- se seus valores estão de acordo com os valores da empresa;
- se ocorrerá a adaptação do profissional à cultura organizacional.

MERCADO DE TRABALHO ATUAL
Analiso que seja pela utilização do modelo de Seleção por Competências, é que temos nos deparado com tantos profissionais disponíveis no mercado de trabalho, mesmo com tantas oportunidades divulgadas. Profissionais extremamente descontentes com o mercado de trabalho, com as empresas e com os profissionais de RH, que reclamam e não entendem o porquê de sua condição.
Mas, é dessa forma que a dinâmica que o mundo globalizado impõe ao mercado de trabalho e reclamar não vai adiantar nada, pois não há outra alternativa ao profissional em adequar-se a este mercado.

Portanto, vale a seguinte máxima: 
“Existe o profissional adequado, para a oportunidade certa e no momento oportuno!"

Abraço e sucesso!

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Simoni Aquino
Idealizadora e escritora do Blog Além do RH

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