quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Erros de português descartam candidatos realmente?

por Simoni Aquino
Fonte da imagem: Google Images

Há algum tempo atrás, eu escrevi um texto chamado  Erros de português comuns e prejudiciais a quem busca recolocação, mas como eu comentei numa postagem anterior que reprovo candidatos que não sabem escrever corretamente e que descarto currículos com erros de português, as pessoas me mandaram mensagens dizendo que eu sou muito radical.

Vamos aos fatos: 
Em vez das pessoas se preocuparem com o meu radicalismo, deveriam se atentar ao fato de que, saber a nossa língua portuguesa é algo básico a qualquer profissional.

Um convite à reflexão: O que as empresas esperam de um profissional em pleno século XXI?

As empresas esperam que os profissionais tenham uma boa comunicação. E quando falo em comunicação, não me refiro a falar. Comunicação é muito mais do que isso: 

Comunicação é se expressar verbalmente de forma adequada, assertiva, com clareza e objetividade.
Comunicação é se expressar de forma escrita de maneira adequada, ou seja escrevendo de forma correta - sem erros de português e de forma objetiva e sem rodeios.
Comunicação é se preocupar com sua expressão corporal, sim!, o corpo fala e na maioria das vezes, nossos gestos e expressões faciais falam muito mais do que nossas palavras.

Veja bem que, comunicar é expressar-se de várias formas e a comunicação assertiva é aquela que consegue expressar sua mensagem de forma adequada a quem vai receber sua mensagem.

Mas num processo seletivo, o primeiro contato que um selecionador tem com o candidato se dá através de seu currículo, portanto, se seu currículo tem erros de português você tem 99% de chances de ser eliminado imediatamente, por melhor que você seja enquanto profissional.
Eu mesma reflito: Se esse profissional não tem cuidado com o seu próprio currículo, imagina ao confeccionar um relatório ou transmitir uma mensagem séria e importante num simples e-mail?

Portanto,você aceite ou não, erro de português em um currículo é imperdoável. Leia seu currículo atentamente, peça para que uma pessoa da sua confiança e que seja boa em língua portuguesa revise seu currículo. 

E ao participar de um processo de seleção, muito provável que você seja submetido a uma redação. Você entendeu o porquê das redações em processos de seleção? Se você respondeu que é para saber se o candidato escreve corretamente, você acertou em parte. As redações em processos seletivos servem muito mais do que isso, servem para avaliar como o candidato se expressa, se ele tem facilidade para colocar suas ideias no papel, se ele tem uma linguagem fluida, com assertividade na expressão de suas ideias, com capacidade de coordenar suas reflexões.

Dependendo da posição do cargo a ser selecionado, o profissional no exercício de suas funções terá que elaborar muitos relatórios, se comunicar muito através de e-mails, ou realizar muitas apresentações em slides. E para esse tipo de posição, uma impecável comunicação escrita é imprescindível.

Então, antes de sair por ai reclamando do mercado de trabalho e das ferramentas de Seleção, que tal você antes entender o porquê determinadas coisas são como são e depois, aprimorar sua comunicação escrita.
Você escreve bem, parabéns! Se você escreve mal e tem dificuldades em língua portuguesa, que tal estudar um pouco, que tal treinar redações.

Ah! Aqui no Blog Além do RH tem uma seção de Dicas de Língua Portuguesa com várias dicas importantes. Aproveitem!

Bom, é isso!
Tudo de bom e até a próxima!

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Quanto tempo demora um processo de seleção II?

por Simoni Aquino
Fonte da imagem: Google Images

O artigo mais lido do Blog Além do RH é o Quanto tempo demora um processo de seleção?, desde 2012 esse texto é imbatível, recorde de leitura diária.
E mesmo assim, ainda tem gente que prefere me mandar mensagem fazendo perguntas cuja resposta está no texto... Acho que é mais fácil, mas prático e muito mais cômodo mandar uma mensagem para a blogueira perguntando, do que se dar ao trabalho de ler o texto e interpretar cada um dos parágrafos.

Ai eu fico refletindo: Esse tipo de atitude de comodismo justifica o fato de existir tantos profissionais desempregados!

Será que o mercado de trabalho tolera profissionais acomodados que ao invés de ir em busca de uma leitura que irá lhe trazer respostas para suas dúvidas, preferem simplesmente perguntar? 

Ai fico me perguntando: Será que quem me mandou mensagem fazendo perguntas que o texto explica acharam mesmo que eu iria me dar ao trabalho de responder um e-mail desses? 

Gente preguiçosa não tem vez no mercado de trabalho!

Gente, isso é falta de bom senso! Acordem.... quer se recolocar? Tem um blog inteiro gratuitamente à disposição, basta não ter preguiça de ler e força de vontade de interpretar os textos.

Tenho todas os e-mails arquivados e hoje para escrever esse texto fui contar quantos e-mails recebi sobre perguntas sobre esse artigo sobre duração em processos seletivos: foram exatos 3759 mensagens em pouco mais de 4 anos, ou seja, aproximadamente 72 e-mails por dia fazendo as basicamente as perguntas abaixo:

1. Participei de um processo de seleção e ficaram de me dar retorno, você acha que devo ligar?
2. Participei de uma entrevista e a selecionadora disse que se fosse aprovado me ligaria até o dia 15, ou seja hoje, mas agora é meio-dia e ainda não me ligaram, o que faço?
3. Participei de uma entrevista há uma semana e ficaram de me ligar na próxima semana, você acha que devo ligar pedindo uma posição?
4. Quanto tempo demora um processo de seleção? (Por razões óbvias, essa sempre foi um soco no meu estômago!)
5. Entreguei meus documentos, fiz o exame admissional e até agora não me ligaram para iniciar. O que devo fazer?
6. Participei de uma entrevista, não me retornaram mas a vaga ainda está em aberto, você acha que fui reprovado? O que devo fazer?

Ai você pode me dizer: - Mas Simoni, as pessoas confiam no que você diz! Discordo, isso não é confiança, isso é puro comodismo e uma baita preguiça!

Teve e-mail que nem ao menos dava um bom dia ou boa tarde... isso é uma questão de educação, ou seria de falta de educação? 
Oi? E por que eu deveria responder uma mensagem assim?

Se uma pessoa dessa precisa de um favor e não te dá nem um bom dia, antes de fazer uma pergunta, imagina se no cotidiano profissional essa pessoa dá um bom dia a um profissional de uma função mais básica? Acho que passa por cima, mas não dá um bom dia, né?

Isso sem contar os erros de português! 
Eu mesma não aprovo em entrevista candidatos que apresentem erros de português, por isso minhas seleções tem sempre uma redação. 
E na triagem do currículo, se o currículo tiver erro de português vai para a lixeira na hora, mesmo que seja um excelente profissional. Eu penso assim: se não tem cuidado com o português no currículo, imagina num e-mail ou num relatório?

Mas voltando as perguntas: Poxa, se as pessoas se dessem ao trabalho de ler o texto saberiam das respostas e não precisariam perder o seu tempo em me perguntar e não levantariam expectativas de terem seu e-mail respondido e não teriam se frustrado em perceberem que eu não as responderiam, pois as respostas estão contempladas no texto.

Bom senso é a palavra de ordem no mercado de trabalho!
Se falta bom senso por parte de alguns profissionais de RH em não cumprir o que prometeu durante a entrevista, falta muito bom senso por parte dos profissionais em busca de recolocação. O mínimo que o mercado de trabalho e as empresas buscam de profissionais é que não sejam acomodados, que gostem de se manter atualizados, que não queiram tudo mastigado e na mão, que corram atrás de informação e que sejam solucionadores de problemas e que não se tornem mais um causador de problemas.

E profissionais acomodados, que preferem perguntar do que correr atrás de informações que estejam ao alcance de suas mãos passa a impressão de um causador de problemas, de um perguntador. E não de alguém de trará soluções para as empresas.

Então vamos às respostas para as perguntas acima:

1. Não, se não passou o prazo fornecido pelo selecionador.
2. Se a selecionadora deu um prazo para ligar até o dia 15, espere até as 18hs, quando termina o expediente de um RH.
3. Não. E nem vou me dar ao trabalho de explicar.
4. Leia o texto.
5. Dependendo do combinado entre o RH e você, aguarde o contato da empresa até a data combinada. Caso não haja retorno por parte da empresa, ligue para o selecionador e pergunte a "ele", que é o único capaz de lhe explicar o que está acontecendo.
6. Se não te retornaram e a vaga ainda está aberta, pode ter ocorrido de você não ter sido aprovado e a empresa continua buscando candidatos. Você deve superar e ir em busca de outras oportunidades.

Os candidatos que passaram por processo seletivo comigo sabem bem, eu combino uma data para ligar aos aprovados, para aqueles que eu não ligar, automaticamente podem compreender que foram reprovados. Mas isso eu explico detalhadamente antes de iniciar o processo seletivo e aceita essas condições quem quer.
Houve processos que eu não cumpri a data, pois o gestor requisitante ainda não havia me retornado com o seu parecer, nestes casos, o candidato ligava pedindo uma posição e eu informava o ocorrido. Muitas vezes, isso acontece e foge ao controle do RH, pois depois que o processo está na mão do requisitante, fica por conta dele a decisão.

E quando o processo finaliza completamente, ou seja, quando o candidato aprovado iniciou suas atividades, eu envio um e-mail comunicando a reprovação e agradecendo a confiança e explicando que o processo fica por um prazo de 12 meses em meu Banco de Talentos.

Todos os meus processos seletivos são dessa forma, procuro sempre ser muito transparente. Agora, não adianta reclamar comigo sobre a postura de outros profissionais de seleção, pois também não concordo com muito do que alguns colegas de RH fazem com os candidatos, mas não tenho o poder de mudá-los, só digo que ninguém está imune a ficar desempregado e algumas pessoas são vão sentir quando passarem pela mesma situação.

Gente, que está desempregado é você e não o selecionador. Então, faça a sua parte em conhecer mais sobre o mercado de trabalho, se profundar em como é um processo seletivo, em elaborar um currículo bem feito, em estudar sobre o comportamento adequado em processos seletivos e suas diversas etapas. Isso tudo o ajudará a se diferenciar de seus concorrentes, pois nem todo mundo acha que isso serve para alguma coisa e como diz o ditado:
"Enquanto uns choram, outros vendem lenços."

E fica uma dica essencial: não é porque você foi aprovado numa etapa de um processo de seleção que você deve parar de buscar recolocação. Isso é um erro muito cometido.
Passar no processo de seleção, independente de qual etapa for, não é garantia de que você está empregado. Lembre-se que você ainda pode ser reprovado no exame médico admissional.

O que quero dizer com isso? Você só está empregado quando a empresa lhe devolver a sua carteira profissional assinada e lhe der o contrato para assinar, até isso acontecer, muita coisa pode acontecer. Então, continue buscando oportunidades, continue mandando currículos e se for convidado para um a entrevista, não perca a oportunidade.

Bom, é isso!
Sucesso e até a próxima!

domingo, 28 de agosto de 2016

Transcrição do Discurso de Martin Luther King, em 28 de Agosto de 1963

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Há exatos 53 anos um dos mais importantes discursos da história da humanidade era feito. E atendendo a inúmeros pedidos, hoje publicarei a transcrição desse célebre e histórico discurso realizado pelo pastor e líder do movimento contra a segregação racial Martin Luther King, pronunciado na escadaria do Monumento a Lincoln para mais de 250 mil pessoas de todas as etnias, reunidas em Washington, capital dos Estados Unidos da América, após a "Marcha para Washington por Emprego e Liberdade".

Esse discurso foi pronunciado como uma maneira de divulgar de uma forma direta e contundente as condições de vida desesperadas dos negros americanos e exigir do poder federal um maior comprometimento quanto as providencias a serem tomadas para resguardar a segurança física dos negros e dos defensores dos direitos civis, sobretudo no Sul do país.

Esse discurso foi capaz de influenciar diversas atitudes em relação aos direitos dos negros: Em 1964 a Lei dos Direitos Civis foi votada e promulgada por Lyndon B. Johnson e em 1965 a Lei sobre o Direito de Votar foi aprovada. Além disso, graças a seu discurso de paz Martin Luther King, Jr. foi escolhido como Prêmio Nobel da Paz em 1964. 

Por esses motivos, esse discurso é motivacional e essa personalidade nos serve de inspiração e sua mensagem acabou sendo eternizada através de suas emocionantes palavras: 

QUE A LIBERDADE RESSOE!

"Estou feliz em me unir a vocês hoje naquela que ficará para a história como a maior manifestação pela liberdade na história de nossa nação.
Cem anos atrás um grande americano, em cuja sombra simbólica nos encontramos hoje, assinou a proclamação da emancipação [dos escravos]. Este decreto momentoso chegou como grande farol de esperança para milhões de escravos negros queimados nas chamas da injustiça abrasadora. Chegou como o raiar de um dia de alegria, pondo fim à longa noite de cativeiro.

Mas, cem anos mais tarde, o negro ainda não está livre. Cem anos mais tarde, a vida do negro ainda é duramente tolhida pelas algemas da segregação e os grilhões da discriminação. Cem anos mais tarde, o negro habita uma ilha solitária de pobreza, em meio ao vasto oceano de prosperidade material. Cem anos mais tarde, o negro continua a mofar nos cantos da sociedade americana, como exilado em sua própria terra. Então viemos aqui hoje para dramatizar uma situação hedionda.

Em certo sentido, viemos à capital de nossa nação para sacar um cheque. Quando os arquitetos de nossa república redigiram as magníficas palavras da Constituição e da Declaração de Independência, assinaram uma nota promissória de que todo americano seria herdeiro. Essa nota era a promessa de que todos os homens, negros ou brancos, teriam garantidos os direitos inalienáveis à vida, à liberdade e à busca pela felicidade.

É evidente hoje que a América não pagou esta nota promissória no que diz respeito a seus cidadãos de cor. Em lugar de honrar essa obrigação sagrada, a América deu ao povo negro um cheque que voltou marcado "sem fundos".

Mas nós nos recusamos a acreditar que o Banco da Justiça esteja falido. Nos recusamos a acreditar que não haja fundos suficientes nos grandes depósitos de oportunidade desta nação. Por isso voltamos aqui para cobrar este cheque --um cheque que nos garantirá, a pedido, as riquezas da liberdade e a segurança da justiça.

Também viemos para este lugar santificado para lembrar à América da urgência ferrenha do agora. Não é hora de dar-se ao luxo de esfriar os ânimos ou tomar a droga tranquilizante do gradualismo. Agora é a hora de fazermos promessas reais de democracia. Agora é a hora de sairmos do vale escuro e desolado da segregação para o caminho ensolarado da justiça racial. É hora de arrancar nossa nação da areia movediça da injustiça racial e levá-la para a rocha sólida da fraternidade. Agora é a hora de fazer da justiça uma realidade para todos os filhos de Deus.

Seria fatal para a nação passar por cima da urgência do momento e subestimar a determinação do negro. Este verão sufocante da insatisfação legítima do negro não passará enquanto não chegar um outono revigorante de liberdade e igualdade.Mil novecentos e sessenta e três não é um fim, mas um começo.

Os que esperam que o negro precisasse apenas extravasar e agora ficará contente terão um despertar rude se a nação voltar à normalidade de sempre. Não haverá descanso nem tranquilidade na América até que o negro receba seus direitos de cidadania. Os turbilhões da revolta continuarão a abalar as fundações de nossa nação até raiar o dia iluminado da justiça.

Mas há algo que preciso dizer a meu povo posicionado no morno liminar que conduz ao palácio da justiça. No processo de conquistar nosso lugar de direito, não devemos ser culpados de atos errados. Não tentemos saciar nossa sede de liberdade bebendo do cálice da amargura e do ódio.

Temos de conduzir nossa luta para sempre no alto plano da dignidade e da disciplina. Não devemos deixar nosso protesto criativo degenerar em violência física. Precisamos nos erguer sempre e mais uma vez à altura majestosa de combater a força física com a força da alma.

A nova e maravilhosa militância que tomou conta da comunidade negra não deve nos levar a suspeitar de todas as pessoas brancas, pois muitos de nossos irmãos, conforme evidenciado por sua presença aqui hoje, acabaram por entender que seu destino está vinculado ao nosso destino e que a liberdade deles está vinculada indissociavelmente à nossa liberdade.
Não podemos caminhar sozinhos.

E, enquanto caminhamos, precisamos fazer a promessa de que caminharemos para frente. Não podemos retroceder. Há quem esteja perguntando aos devotos dos direitos civis 'quando vocês ficarão satisfeitos?'. Jamais estaremos satisfeitos enquanto o negro for vítima dos desprezíveis horrores da brutalidade policial.

Jamais estaremos satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados da fadiga de viagem, não puderem hospedar-se nos hotéis de beira de estrada e nos hotéis das cidades. Não estaremos satisfeitos enquanto a mobilidade básica do negro for apenas de um gueto menor para um maior. Jamais estaremos satisfeitos enquanto nossas crianças tiverem suas individualidades e dignidades roubadas por cartazes que dizem 'exclusivo para brancos'.

Jamais estaremos satisfeitos enquanto um negro no Mississippi não puder votar e um negro em Nova York acreditar que não tem nada em que votar.
Não, não estamos satisfeitos e só ficaremos satisfeitos quando a justiça rolar como água e a retidão correr como um rio poderoso.
Sei que alguns de vocês aqui estão, vindos de grandes provações e atribulações. Alguns vieram diretamente de celas estreitas. Alguns vieram de áreas onde sua busca pela liberdade os deixou feridos pelas tempestades da perseguição e marcados pelos ventos da brutalidade policial. Vocês têm sido os veteranos do sofrimento criativo. Continuem a trabalhar com a fé de que o sofrimento imerecido é redentor.

Voltem ao Mississippi, voltem ao Alabama, voltem à Carolina do Sul, voltem a Geórgia, voltem a Louisiana, voltem aos guetos e favelas de nossas cidades do norte, cientes de que de alguma maneira a situação pode ser mudada e o será. Não nos deixemos atolar no vale do desespero.

Digo a vocês hoje, meus amigos, que, apesar das dificuldades de hoje e de amanhã, ainda tenho um sonho.
É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.
Tenho um sonho de que um dia esta nação se erguerá e corresponderá em realidade o verdadeiro significado de seu credo: 'Consideramos essas verdades manifestas: que todos os homens são criados iguais'.
Tenho um sonho de que um dia, nas colinas vermelhas da Geórgia, os filhos de ex-escravos e os filhos de ex-donos de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da irmandade.
Tenho um sonho de que um dia até o Estado do Mississippi, um Estado desértico que sufoca no calor da injustiça e da opressão, será transformado em um oásis de liberdade e de justiça.
Tenho um sonho de que meus quatro filhos viverão um dia em uma nação onde não serão julgados pela cor de sua pele, mas pelo teor de seu caráter.
Tenho um sonho hoje.
Tenho um sonho de que um dia o Estado do Alabama, cujo governador hoje tem os lábios pingando palavras de rejeição e anulação, será transformado numa situação em que meninos negros e meninas negras poderão dar as mãos a meninos brancos e meninas brancas e caminharem juntos, como irmãs e irmãos.
Tenho um sonho hoje.
Tenho um sonho de que um dia cada vale será elevado, cada colina e montanha será nivelada, os lugares acidentados serão aplainados, os lugares tortos serão endireitados, a glória do Senhor será revelada e todos os seres a enxergarão juntos.

Essa é nossa esperança. Essa é a fé com a qual retorno ao Sul. Com esta fé poderemos talhar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé poderemos transformar os acordes dissonantes de nossa nação numa bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé podemos trabalhar juntos, orar juntos, lutar juntos, ir à cadeia juntos, defender a liberdade juntos, conscientes de que seremos livres um dia.

Esse será o dia em que todos os filhos de Deus poderão cantar com novo significado: "Meu país, é de ti, doce terra da liberdade, é de ti que canto. Terra em que morreram meus pais, terra do orgulho do peregrino, que a liberdade ressoe de cada encosta de montanha".

E, se quisermos que a América seja uma grande nação, isso precisa se tornar realidade.
Então que a liberdade ressoe dos prodigiosos picos de New Hampshire.
Que a liberdade ecoe das majestosas montanhas de Nova York!
Que a liberdade ecoe dos elevados Alleghenies da Pensilvânia!
Que a liberdade ecoe das nevadas Rochosas do Colorado!
Que a liberdade ecoe das suaves encostas da Califórnia!
Mas não só isso --que a liberdade ecoe da Montanha de Pedra da Geórgia!
Que a liberdade ecoe da Montanha Sentinela do Tennessee!"
Que a liberdade ecoe de cada monte e montículo do Mississippi. De cada encosta de montanha, que a liberdade ecoe.

E quando isso acontecer, quando deixarmos a liberdade ecoar, quando a deixarmos ressoar em cada vila e vilarejo, em cada Estado e cada cidade, poderemos trazer para mais perto o dia que todos os filhos de Deus, negros e brancos, judeus e gentios, protestante e católicos, poderão se dar as mãos e cantar, nas palavras da velha canção negra, "livres, enfim! 
Livres, enfim! 
Louvado seja Deus Todo-Poderoso. 
Estamos livres, enfim!"

Tradução de: Clara Allain 

Assista ao vídeo do discurso de Martin Luther King


Bom, é isso!

Tudo de bom e até a próxima!

sábado, 27 de agosto de 2016

Quadro Sala de Emprego do Jornal Hoje, será extinto

A Rede Globo decidiu acabar com dois quadros de sucesso do Jornal Hoje e a Sala de Emprego, que era exibido às segundas-feiras, é um deles. 

A decisão foi comunicada à equipe do telejornal na última segunda-feira (22) por Luiz Fernando Ávila, editor-chefe. Aos subordinados, Ávila disse que não gosta de quadros e que "...não faz sentido falar de emprego com o desemprego alto".

Quem trabalha com mercado de trabalho e especialmente os profissionais em busca de recolocação sabem que, nesse momento difícil de alta nos índices de desemprego é que precisamos de matérias jornalísticas sobre empregos...
Qual o sentido no raciocínio desse senhor? Concluo que essa é uma visão míope e puramente comercial, de alguém que realmente desconhece do assunto e que talvez considere os profissionais desempregados uma classe inferior e que não não são dignos de matérias jornalísticas que possam contribuir numa fase tão delicada na vida de qualquer pessoa.
Mais empatia!

Veja a matéria completa no link abaixo:

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Como você vem enxergando o mercado de trabalho em tempos de crise?

por Simoni Aquino
Fonte da imagem: Google images

Como uma observadora e estudiosa sobre o mercado de trabalho venho constatando que desde o ano passado as coisas não tem andado de forma tão positiva, mas esse ano... o mercado de trabalho tem se mostrado extremamente estagnado.

Isso porque, as empresas tem segurado seu budget ao máximo que podem para aguardar esse conturbado momento político melhorar e seus reflexos impactarem de forma mais positiva no cenário econômico.

Não abordarei nenhum assunto específico sobre política, mas que o afastamento da presidente Dilma Roussef ocorrido há alguns meses trouxe um pequeno alívio ao cenário econômico e se as coisas não melhoraram, como se esperava, pelo menos não pioraram. Agora, com a votação do Impeachment que iniciou ontem e com a definição do cenário político nacional, daremos mostras que o país poderá seguir um rumo mais concreto e passará ao mercado exterior que poderemos prosseguir como um país democrático, que consegue resolver seus problemas internos e rumar à recuperação de sua prosperidade econômica.

Notem que, em nenhum momento emiti opinião se considero certo ou não o afastamento ou impeachment da presidente Dilma, pois o Blog Além do RH não é um blog que defende esta ou aquela corrente política, lógico que tenho minhas preferências, mas não me cabe expô-las aqui neste espaço, pois minha intenção é respeitar toda e qualquer opinião e não gerar polêmica sobre essa ou aquela posição.

O que desejo expor é que, essa fase conturbada que o país vem passando politicamente impacta de forma contundente no mercado de trabalho. Os empresários precisam ver uma luz no fim do túnel para promover investimento e enquanto essa situação política não se definir, o mercado de trabalho continuará estagnado, com pouquíssimos postos de trabalho abertos, sem crescimento da cadeia produtiva, sem investimentos a médio e longos prazos que permitam o planejamento das organizações.

Analisando do ponto de vista dos empresários e empreendedores, eles estão certos na cautela empregada. O Brasil não tem se mostrado um país confiável enquanto não fizer o dever de casa em resolver seus problemas políticos. A economia só poderá crescer e prosperar se os investidores de capitais sentirem segurança no país e não se conquista confiabilidade com uma política desordenada onde contamos com um cenário devastador: uma presidente afastada, um presidente interino, denúncias e mais denúncias de corrupção envolvendo o topo da política nacional.

Então, torçamos para que esse momento conturbado cesse com brevidade, para que a economia sinta seus reflexos e possa crescer novamente e atrair investimento, para que os empresários e empreendedores possam retomar a confiança no país e passem a promover a tão esperada aceleração do mercado de trabalho.

E enquanto isso, ao invés de só reclamarmos dessa fase, que tal estudarmos para nos qualificarmos (existem inúmeros cursos gratuitos oferecidos por instituições bacanas, prepararei um post só sobre isso nos próximos dias), que tal ficarmos mais antenados sobre política para votarmos certo nas próximas eleições e que tal sairmos da zona de conforto e aprimorarmos competências para nos destacarmos no mercado de trabalho?

Temos usado tanto a palavra CRISE, 
que tal se tirarmos o S 
e a transformarmos em CRIE?

Isso te dá alguma ideia para criar 
um momento melhor?

Abraço e até uma próxima! 
Simoni Aquino

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

O retorno em definitivo do Blog Além do RH

por Simoni Aquino

Há dois anos venho ensaiando o retorno do Blog Além do RH e sei que, nesses período já tentei voltar a escrever no Blog por pelo menos duas vezes e prometi seu retorno, mas não consegui.

Cheguei até pensar em exclui-lo na blogosfera, mas ele tem uma audiência diária fantástica e é uma audiência espontânea, pois ele mal vem sendo divulgado, mas por ter se tornado referência para os profissionais em busca de recolocação, resolvi mantê-lo e como escrever é um dos meus hobbies preferidos eu sabia que esse meu bloqueio seria só uma questão de tempo.

Para quem não sabe, meu irmão faleceu em 2014 e o trauma dessa trágica perda me trouxe um bloqueio naquilo que é um dos meus maiores prazeres, a escrita. Mas esse ano tenho voltado a escrever, aos poucos, sem forçar, de forma natural e aos poucos a inspiração e o prazer pela escrita tem retornado.

E estou muito feliz por esse retorno em definitivo, das outras vezes me precipitei, agora não, tomei o cuidado de realmente voltar a escrever aos poucos e agora sinto que estou mais confiante e firme para retornar a me dedicar ao Blog Além do RH.

Quero agradecer a todos os e-mails que recebi nesse período pedindo para que eu retornasse e por todo o carinho recebido por esse público fiel do Blog Além do RH, a todos vocês: minha GRATIDÃO!

E amanhã já tem postagem sobre mercado de trabalho em tempos de crise.
Não percam!

Abraço e até lá! 
Simoni Aquino

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