quinta-feira, 26 de abril de 2012

Você conhece a parábola do Sapo Fervido?

Fonte da imagem: internet
Autor Desconhecido

Conta a lenda que um sapo foi colocado em uma panela com a mesma água fria da sua lagoa e com o fogo aceso, a água aquecia gradativamente na panela e o sapo gostava daquela sensação e nem pensava em pular da panela, ficava ali paradinho, só curtindo. 

O sapo não reagia ao gradual aumento da temperatura da água e o final todos já sabem, a água ferveu e o sapo morreu ali mesmo, dentro da panela.

Entretanto, ao pegar outro sapo da mesma lagoa e escaldá-lo, ou seja, jogá-lo na panela já com a água da lagoa fervida, ele reagiu imediatamente saltando para fora da panela e dessa forma, preservando sua vida, apesar de algumas queimaduras causadas pelo breve contato com a água fervida.

CONSIDERAÇÕES DA BLOGUEIRA
Mas por que essa reação dos sapos?
Os sapos tiveram essa reação por que seu instinto faz com que eles se defendessem das ameaças e acontecimentos rápidos e repentinos e ignorassem ou não temessem os acontecimentos graduais.

Essa parábola ficou mundialmente conhecida através do livro A Quinta Disciplina de Peter M. Senge e nos faz refletir como os profissionais reagiram às mudanças ocorridas nas últimas décadas, especialmente no mercado de trabalho. Muita gente deve conhecer esta parábola, mas ela sempre serve de reflexão para avaliarmos como estamos conduzindo nossas vidas.

Reflita se você é como o sapo fervido! Será que você está tão acostumado com sua lagoa e não percebe as mudanças que acontecem ao seu redor? Será que as mudanças que ocorreram no mercado de trabalho interferem em sua empregabilidade? Como a sua acomodação está refletindo no seu processo de recolocação?

Existem vários sapos fervidos espalhados pelo mercado de trabalho, pois consideram o ambiente muito agradável e acabam por não perceber as mudanças que ocorrem ao seu redor. Ficam obsoletos, “morrendo” sem ter percebido as mudanças. São sapos fervidos prestes a morrer, porém boiando estáveis na água da lagoa que se aquece gradativamente, que não perceberam que o mercado de trabalho se transformou com a globalização e com o avanço das tecnologias e de comunicação.

Outros profissionais são como o segundo sapo, atentos ao ambiente ao seu redor e percebendo as transformações, pulam e saltam apresentando ações que significam a reação necessária às mudanças. Não podemos agir como o sapo fervido, que por não perceber as mudanças (no seu caso, o aumento da temperatura da água), avaliou que estava tudo certo e não percebeu que chegava o seu fim. 

No caso do mercado de trabalho, os profissionais devem ser como o segundo sapo, que logo que foi jogado na água fervido, pulou para fora da panela e permaneceu vivo. Ou seja, que percebem as mudanças que acontecem e que procuram, da melhor forma ajustar-se às novas situações, para não ficarem obsoletos.

Você é um sapo fervido? 


O texto com as considerações da blogueira é de propriedade intelectual de:
Simoni Aquino
Consultora em Gestão Estratégica de Pessoas

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15 comentários:

  1. Acho interessante esta pearábola do sapo fervido.
    O segundo sapo foi mais esperto porque tomou outra
    atitude, e aí livrou-se de morrer assado. Foi-se habituando as mudanças da temperatura da água, gradualmente.

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    1. Olá!
      Essa parábola é muito interessante e mostra muito bem como anda o mercado de trabalho atual.

      Abraço,
      Simoni

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  2. Nunca devemos nos acomodar em lugar algum , pois as mudanças acontecem todos os dias ao nosso redor,devemos ter a percepção de que ao nosso redor os sistemas mundam e as organizações estão crescendo a cada dia o profissional que não quer ficar estagnado no mercado deve sim atualizar-se e estar antenado com as mudanças sempre . Parabéns sobre o artigo.

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    1. Olá Regina!
      Inicialmente agradeço-lhe pela parabenização quanto ao artigo!
      É isso mesmo, percepção da realidade ao nosso redor e atualização constante para acompanhar as mudanças e dessa forma, não ficarmos estagnados.

      Excelente contribuição!

      Grande abraço e sucesso,
      Simoni Aquino

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  3. Olá Simoni,

    Muito interessante essa parabola, mas gostaria de aquecer um pouco mais a temperatura.
    E quando voce chega na empresa para implementar novas ideias, rotinas, postura enfim dar uma vida nova para empresa e voce só encontra um monte de cobras que não aceitam as mudanças. Não falo de cobras venenosas pois essas voce já as indentificas e sabe que elas podem te matar então vamos tirando estas aos poucos. Falo da cobras "sucuris" aquelas que não são venenosas mas mata voce te abraçando aos poucos, quebrando cada osso seu. Alias essas são áquelas que são amigas pessoais suas e voce só vai conhece-las depois do primeiro abraço, ai já foi tarde.
    Infelizmente vivi essa situação recentemente e como estou com 53 anos a disputa dentro da organização fica dificil e acabei saindo. Não me considero uma cobra e nem velha ultrapassada e sem reflexõs mas perdi a batalha.

    Parabens pelo seu trabalho e fica ai a lição, as vezes pensamos que somente as cobras venenosas e que são perigosas e cuidado com as que não tem veneno essas podem ser as que vão te engolir.

    Saudações

    Tony Chagas de Almeida

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    1. Olá Tony!
      Muito embora essa situação vivenciada por você saia um pouco do escopo do texto, agradeço pela contribuição.

      Não só no mercado de trabalho, mas na sociedade com um todo, sempre vamos encontrar pessoas como "as cobras venenosas", sabemos que as cobras existem, mas a responsabilidade por elas terem espaço para nos atacar, não é só delas.

      Responsabilidade não se delega e devemos fazer a nossa parte para nos proteger, abrir a guarda para esse tipo de indivíduo é ingenuidade e a culpa pela ingenuidade, é exclusivamente nossa.

      Me chamou a atenção quando você cita "essas são aquelas que são amigas pessoais suas", desculpe-me mas, estamos cansados de saber que nunca deu certo misturar relação pessoal com trabalho, pois os limites não são respeitados por ambas as partes e isso não é saudável para as relações interpessoais e para o clima organizacional.

      Maturidade profissional não tem nada a ver com idade e sim com posicionamento. Posicionamento profissional é respeitar os limites das relações interpessoais, bem como impor esses limites a nossos colegas, pares e subordinados. Muito natural que, quando não haja limites bem definidos, alguém saia prejudicado.

      Acredito que a lição mais adequada é impor e respeitar os limites nas relações interpessoais dentro das organizações, deixar do portão para a rua as amizades pessoais e do portão para dentro respeitar os limites do respeito entre colegas de trabalho.

      Grande abraço e sucesso!
      Simoni Aquino

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  4. Temos que ser flexíveis e adaptáveis .. isto desde os estudos de Darwin .. quem fica esperando as coisas acontecerem e acomodado , corre o risco de "morrer" como o 1o. sapo.
    Já o 2o. tem atitude .. e disposição para mudanças e adaptações .. flexível .. temos que tentar aprender com esa e muitas outras parábolas ...

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    1. Olá Ramorim!
      Essa é a moral da história...flexibilidade e adaptabilidade são essenciais no mercado de trabalho nos tempos atuais.

      Obrigada pela contribuição ao texto!

      Grande abraço,
      Simoni Aquino

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  5. O segundo sapo não é melhor que o primeiro. se ele tivesse sido colocado na agua fria teria reagido da mesma maneira do primeiro. a parabola na verdade mostra que reagimos a mudanças bruscas e podemos ser enganados por mudanças sutis e graduais.

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    Respostas
    1. Olá Willian!
      A ideia da fábula não é promover comparações entre os seus personagens para saber quem é o melhor ou pior.

      A intenção das fábulas é promover reflexões e sua colocação é muito pertinente quando analisa as mudanças sutis e gradativas que nos enganam e não possibilitam uma reação necessária às mudanças.

      Abraço e sucesso,
      Simoni Aquino

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  6. Adorei o artigo e todos os comentários. Muito interessante saber as opiniões dos nossos colegas e ter essa variedade de posições e pensamentos sobre um texto.
    Parabéns a todos!

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    Respostas
    1. Olá Isabel!
      Em meu nome e em nome de todos os participantes dos comentários deste texto, agradeço-lhe pela parabenização.

      Este é um espaço democrático, onde todos terão espaço garantido para promover suas reflexões e análises, mesmo que divergentes. O que vale é a liberdade de expressão e o respeito entre os participantes.

      Fico muito lisonjeada pela confiança e continuo contando com sua presença, que será sempre muito bem-vinda!

      Grande abraço e ótimo final de semana!
      Simoni Aquino

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  7. Simoni,
    Apesar de já conhecer a parábola, a releitura em seu blog fez-me ver a possibilidade de utilizá-la como exemplo quando tratamos da resiliência.
    Nem sempre, obtive sucesso na tentativa de abordar resiliencia sob a ótica da física, que “emprestou” o conceito à psicologia. A definição (”...uma combinação de fatores que propiciam ao indivíduo condições para enfrentar e superar problemas e adversidades.”) de JOB, F. P.P., em sua tese de Doutorado (“Os sentidos do trabalho e a importância da resiliência nas organizações”), Fundação Getúlio Vargas, 2003, era o melhor que eu conseguira, até então.
    Agradeço pela publicação, que me trouxe a luz um exemplo muito interessante para tratarmos deste tema.
    Abraços.

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    Respostas
    1. Olá Wagner!
      Inicio minhas considerações, agradecendo-lhe por todas as palavras em relação à análise desta maravilhosa fábula.

      Vou ler esta tese de Doutorado para me aprofundar no conceito de resiliência, mas de qualquer forma, humildemente lhe digo que fiquei lisonjeada que o Blog tenha podido contribuir de forma tão considerável à seu trabalho.

      São palavras de respeito e consideração como a dos comentários que vocês leitores promovem, que me estimulam a continuar pesquisando e elaborando textos de qualidade e com isenção nos pontos de vista.

      Agradeço muito por seus comentários e por prestigiar meu Blog.
      Esteja certo que você sempre muito bem-vindo à este espaço!

      Grande abraço e desejo-lhe muito sucesso em sua trajetória,
      Simoni Aquino

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  8. Olá Simone,
    já se passaram três anos depois da postagem, mas ao refletir sobre o assunto um pensamento me veio a mente:
    O sapo tem sangue frio, por isto não percebe a mudança da temperatura e não reage, é uma característica que lhe permite adaptabilidade ao meio em que está inserido. Nem sempre é mal!
    Má são aqueles que fazem mau uso do conhecimento e criam circunstâncias para prejudicar os que são/estão vulneráveis.
    Creio que a principal lacuna no nosso mundo é de ética.

    Obrigado pelo vosso blog

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Olá!
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Conto com a sua compreensão,

Simoni Aquino
Idealizadora e escritora do Blog Além do RH

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