terça-feira, 11 de junho de 2013

Você conhece a parábola da Vaca Jogada no Precipício?

Autor desconhecido
Fonte da imagem: internet

"Um sábio mestre e seu discípulo andavam pelo interior do país há muitos dias e procuravam um lugar para descansar durante a noite. Avistaram, então, um casebre no alto de uma colina e resolveram pedir abrigo àquela noite. Ao chegarem ao casebre, foram recebidos pelo dono, um senhor maltrapilho e cansado. Ele os convidou a entrar e apresentou sua esposa e seus três filhos.
Durante o jantar, o discípulo percebeu que a comida era escassa até mesmo para somente os quatro membros da família e ficou penalizado com a situação. Olhando para aqueles rostos cansados e subnutridos, perguntou ao dono como eles se sustentavam.

O senhor respondeu:
- Está vendo àquela vaca lá fora? Dela tiramos o leite que consumimos e fazemos queijo. O pouco de leite que sobra, trocamos por outras mercadorias na cidade. Ela é nossa fonte de renda e de vida. Conseguimos viver com o que ela nos fornece.

O discípulo olhou para o mestre que jantava de cabeça baixa e terminou de jantar em silêncio.

Pela manhã, o mestre e seu discípulo levantaram antes que a família acordasse e preparavam-se para ir embora quando o discípulo disse:
- Mestre, como podemos ajudar essa pobre família a sair dessa situação de miséria?

O mestre então falou:
- Quer ajudar essa família? Pegue a vaca deles e empurre precipício abaixo.

O discípulo espantado falou:
- Mas a vaca é a única fonte de renda da família, se a matarmos eles ficarão mais miseráveis e morrerão de fome!

O mestre calmamente repetiu a ordem:
- Pegue a vaca e empurre-a para o precipício.

O discípulo indignado seguiu as ordens do mestre e jogou a vaca precipício abaixo e a matou.

Alguns anos mais tarde, o discípulo ainda sentia remorso pelo que havia feito e decidiu abandonar seu mestre e visitar àquela família. Voltando a região, avistou de longe a colina onde ficava o casebre, e olhou espantado para uma bela casa que havia em seu lugar.

- De certo, após a morte da vaca, ficaram tão pobres e desesperados que tiveram que vender a propriedade para alguém mais rico. – pensou o discípulo.

Aproximou-se da casa e, entrando pelo portão, viu um criado e lhe perguntou:
- Você sabe para onde foi à família que vivia no casebre que havia aqui?
- Sim, claro! Eles ainda moram aqui, estão ali nos jardins. – disse o criado, apontando para frente da casa.

O discípulo caminhou na direção da casa e pôde ver um senhor altivo, brincando com três jovens bonitos e uma linda mulher. A família que estava ali não lembrava em nada os miseráveis que conhecera tempos atrás.
Quando o senhor avistou o discípulo, reconheceu-o de imediato e o convidou para entrar em sua casa. O discípulo quis saber como tudo havia mudado tanto desde a última vez que os viu.

O senhor então falou:
- Depois daquela noite que vocês estiveram aqui, nossa vaquinha caiu no precipício e morreu. Como não tínhamos mais nossa fonte de renda e sustento, fomos obrigados a procurar outras formas de sobreviver. Descobrimos muitas outras formas de ganhar dinheiro e desenvolvemos habilidades que nem sabíamos que éramos capazes de fazer.

E continuou:
- Perder aquela vaquinha foi horrível, mas aprendemos a não sermos acomodados e conformados com a situação que estávamos. Às vezes precisamos perder para ganhar mais adiante.
Só então o discípulo entendeu a profundidade do que o seu ex-mestre o havia ordenado fazer."

CONSIDERAÇÕES DA BLOGUEIRA
Normalmente no mercado de trabalho, quem busca recolocação passou pela experiência de ter tido a sua "vaquinha empurrada no precipício" ou até mesmo aqueles que tiveram a sua vaquinha "empurrada e nem percebeu que foi algo bom.

Muitas vezes, o desespero por um momento delicado, de incertezas e de compromissos financeiros a serem honrados nos fazem  "ficar cegos", ou com visão míope (curta) sem enxergar novas possibilidades, novas portas abertas, novas oportunidades de crescimento e aprimoramento, nova chance de qualificação, novos ares, novos olhares, ampliar horizontes e ainda melhor, retomar amizades e contatos perdidos ao longo de uma vida corrida e focada no trabalho.
Perder um emprego, acabar um relacionamento e outras tantas outras coisas traumáticas são como marcos em nossas vidas ou como divisor de águas, que servem para mostrar que sobrevivemos, ficamos melhor enquanto indivíduos e profissionais e no final das contas, saímos emocionalmente mais fortalecidos.

De nada adianta focarmos no negativo e reclamarmos da "sorte", dos "outros", das "circunstâncias, jogar a culpa em "alguém que puxou nosso tapete", na "selecionadora, na "Dilma", em "Deus" ou no "mercado de trabalho". Até pode ser que, algum desses elementos tenham a sua parcela de contribuição para um momento delicado de nossas vidas, mas se apegar a isso e viver em função de caçar bruxas, não resolve nossos problemas.

Buscar autoconhecimento, ter coragem de se autoanalisar e ter a vontade de aprimorar ou até mesmo mudar comportamentos que hoje não trazem resultados positivos. Focar em comportamentos positivos, utilizando bom senso e colocando à mostra toda a educação de berço que sua família lhe proporcionou e colocar metas de mudança e aprimoramento. Isso é focar no sucesso de seus anseios.

...SUA "VACA" CAIU NO PRECIPÍCIO?

Reclamar tira o foco...
Superar, sim! Isso faz toda a diferença!
Lamentar um pouco, tudo bem...
Mas erguer a cabeça e partir para a luta é o mais inteligente a fazer, pois tudo só se inicia com uma ação.
E será a ação que se transformará em resultados e os resultados em conquistas...


O texto das considerações da blogueira é de propriedade intelectual de:
Simoni Aquino
Consultora em Gestão Estratégica de Pessoas

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5 comentários:

  1. Simone, este é um dos texto mais criativos que já li sobre zona de conforto, conto ele em família, uso em meus treinamentos, ele faz as pessoas refletirem bastante!! muito legal, show de bola encontrá-lo em seu blog, bj.

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    Respostas
    1. Olá Rose!

      Realmente essa parábola é maravilhosa, também a utilizo em treinamentos; e é realmente incrível como promove a reflexão e autoanálise.

      Fico feliz que tenha apreciado.


      Grande abraço,

      Simoni Aquino
      www.alemdorh.blogspot.com
      www.simoniaquino.com.br

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  2. Adorei essa parábola e senti uma grande afinidade,estou á 8anos na mesma empresa,no mesmo cargo,tenho vontade de seguir outra função mas acabo tendo medo,medo de não conseguir entrar em outro ramo,me acomodei,e me sinto culpada por isso,aliás se eu não tentar não saberei se vou conseguir,mas pedir demissão e perder 8 anos é complicado...porq temos tanto medo de mudanças?

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    Respostas
    1. Olá Anônimo!
      Inicialmente agradeço-lhe pela confiança e pela visita.

      Você pergunta: por que temos tanto medo de mudanças?
      Simplesmente por que nos acostumamos com o que conhecemos que nos traz a zona de conforto e as mudanças trazem consigo as incertezas e nos tira dessa zona de conforto. Nos exigem atitudes, coragem, enfrentamento do desconhecido, da batalha por novas conquistas e novos espaços.

      Esse medo é natural e humano, mas passa a nos prejudicar quando esse medo paraliza nossas vidas e mesmo infelizes e culpados, não nos permite uma coisa simples: a atitude, a ação de mudança.

      Não se culpe e lute por seus objetivos, pior do que "perder 8 anos" é perder sua vida inteira e colocar sua felicidade em risco, por medo de lutar e se "jogar" no desconhecido.

      Já fiz isso e lhe digo: o desconhecido é fantástico e surpreendente!

      Grande abraço e ótimo final de semana,

      Simoni Aquino
      www.alemdorh.blogspot.com
      www.simoniaquino.com.br

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  3. SEria legal dar um joinha pro cara que escreveu realmente este texto:

    http://celso-junior.blogspot.com.br/2009/01/conto-o-mestre-e-vaca-na-colina.html

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Olá!
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Conto com a sua compreensão,

Simoni Aquino
Idealizadora e escritora do Blog Além do RH

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