quinta-feira, 6 de junho de 2013

Candidatos “mala”


por Simoni Aquino

Fonte da imagem: internet
Fico me questionando sobre todas as inconveniências existentes em um processo seletivo e chego à conclusão que o ser humano muitas vezes não tem senso crítico.

Dentro da Gestão de Pessoas existem muitas possibilidades de atuação nos seus diversos subsistemas e uma delas é o Recrutamento & Seleção (se você não entende o que cada um faz, clique nos links), que é uma parte muito interessante no RH pois é a responsável por atrair e selecionar os talentos do mercado de trabalho para atuar nas empresas. Mas ao mesmo tempo que é incrível, é um trabalho desgastante, maçante e faz com que lidemos com o pior do mercado de trabalho: a falta de bom senso dos candidatos.

Enquanto profissional, rechaço a postura de muitos profissionais de RH que no momento de divulgarem seu anúncio de vaga, o fazem quase que “escondendo” informações  básicas dos candidatos, já vi vagas sem ao menos citar a cidade onde a vaga está disponibilizada. Isso é absurdo e considero até antiético.

Mas enfim, como esse blog não tem como foco o julgamento, vou me ater aos fatos: o profissionalismo que deve nortear o trabalho de um profissional de RH, faz com que esse selecionador se preocupe em elaborar um anúncio bem formatado, com informações importantes sobre o cargo, descrição das atividades, local da vaga, remuneração e benefícios e se houver a exigência de ocultar o salário, que exponha pelo menos os benefícios oferecidos e também qual a exigência de conhecimento  e escolaridade. Isso sem falar do feedback, após a conclusão do processo - Já até escrevi um artigo sobre Feedback (clique no link para ler).

E antes que alguém desavisado promova algum julgamento sobre selecionadores, não posso responder por outros profissionais de RH. Mesmo por quê,  todos os processos seletivos que conduzo, são fornecidos retorno tanto na fase de recrutamento, quando aos finalistas. Basta pesquisar meus posts aqui no Blog Além do RH, no meu Linkedin e no meu Facebook.

Mas voltando ao tema de hoje, elaborar um bom anúncio é fazer uma abordagem profissional ao mercado, que além de passar uma boa imagem da empresa e do selecionador, ainda respeita o profissional no mercado de trabalho e facilita o recrutamento.
Por todos esses motivos, meus anúncios são sempre muito bem detalhados e sempre tenho a esperança que somente os candidatos que se enquadrarem dentro das especificações do anúncio irão se candidatar.
Utopia! Ledo engano!

Quando começo a triar os currículos, dá até calafrios... Centenas de currículos que lotam a caixa de entrada do email divulgado no anúncio e normalmente apenas 12/15% realmente estão de acordo com o perfil da oportunidade, mas ai meu leitor me pergunta: Mas e o restante????

E ai que entra os “candidatos mala” do título deste artigo:

  • Sabe aquele profissional disponível que mesmo sem ter o perfil da vaga, se candidata?
  • Sabe aquele profissional disponível que está desesperado e acha que o mercado de trabalho faz filantropia?
  • Sabe aquele profissional disponível prepotente que acha que tem o currículo “irresistível” de tão bom, só que tem experiência em tudo, menos no que a vaga exige?
  • Sabe aquele profissional que não consegue o primeiro emprego e mesmo sem a experiência exigida, se candidata?
  • Sabe aquele profissional disponível que reside há quilômetros de distância (às vezes milhares de quilômetros e que não tem disponibilidade imediata para mudança de residência) da vaga se candidata, mesmo sabendo que é necessário ter fácil acesso ao local de trabalho?
  • Sabe aquele profissional disponível que manda o currículo sem pretensão salarial, mesmo sabendo que o anúncio solicita que a pretensão seja informada?
  • Sabe aquele profissional disponível que nem coloca nada no”assunto” do email, mesmo sabendo que anúncio solicita que cite o nome da vaga no assunto do email?
  • Sabe aquele profissional disponível que te convida para ser seu "amigo" no facebook e acha que com isso terá mais chances no processo seletivo?
  • Sabe aqueles anúncios de vagas anunciadas nos grupos do facebook  e que os profissionais disponíveis ficam perguntando detalhes (que constam no anúncio) ou que ficam te chamando no “inbox” e que você percebe que a pessoa não leu o anúncio?
  • Sabe aquele profissional disponível que troca de celular como troca de peça íntima?
  • Sabe aquele profissional disponível que informa telefones de contato e o selecionador nunca consegue contato, pois os números de contato estão desatualizados?

Esses são os malas.... sem alça e sem rodinhas.
E se você se identificou em algum dos itens acima, desculpe-me mas você é um mala!!!

Um ser inconveniente que se acha muito esperto e que pensa que fazendo alguma dessas atitudes vai conseguir alguma “facilidade” do selecionador, sabe que você está certo? Você conseguirá que seu currículo vá parar na lixeira do email, da maneira mais fácil e ágil que existe.

Eu tenho um banco de talentos, mas só incluo nele os profissionais que não são inconvenientes.

Mercado de trabalho é coisa séria, não é brincadeira. Mercado de trabalho envolve investimento, não é filantropia. Mercado de trabalho é profissionalismo, não é facilidade pessoal.

Se você é um profissional disponível no mercado de trabalho e está em busca de recolocação, se candidate apenas à vagas que estejam alinhadass com o seu perfil e sua trajetória profissional. Conscientize-se que as empresas são soberanas nas suas decisões e que cabem à elas definirem as exigências para a vaga disponível e que somente serão convidados para participar do processo seletivo aqueles profissionais que apresentarem os requisitos exigidos, pois são os profissionais que apresentarem esses requisitos é que terão condições de exercer as atividades e as responsabilidades do cargo. 

Se  você não apresentar esses requisitos exigidos, muito óbvio perceber que você não exercerá o cargo da maneira que a empresa necessita.

Compreender isso é um passo fundamental para alinhar sua busca por recolocação, pois compreender que “cada macaco, tem o seu galho” é minimizar seu sofrimento no mercado de trabalho. Cada um com sua expertise, cada um com suas competências....

Fico abismada quando vejo profissionais de atendimento de telemarketing (sem experiência em merchandising) se candidatando à uma vaga de Supervisor de Merchandising!!!! O que pensa esse profissional? Que ficará com a vaga?

É a mesma coisa que dizer que eu devo me candidatar à uma vaga de Diretor Financeiro sendo Gestora de Pessoas!!! Não há nexo algum....serei um desastre como diretora de finanças e certamente levaria a empresa à falência.

Aliás, sobre a questão específica de "envio de currículos" já escrevi um artigo anteriormente chamado "Envio de currículos: vergonha alheia", que você pode ler, clicado no link. 

Algumas dicas úteis: 

1. Foque no seu objetivo profissional e busque recolocação na área que focou. Se você atuar em mais de uma área, elabore currículos distintos e os encaminhe de acordo com a vaga.

2. Só se candidate à oportunidades que exigirem experiência em determinada área ou conhecimento específico, se você tiver essa expertise.

3. Se a vaga exige conhecimentos avançados em Excel ou qualquer outro programa e você só tiver o básico, não adianta se candidatar.

4. Se a vaga exige condução própria ou CNH válida e você não tiver, não se candidate.

5. Se a vaga exigir proficiência em determinado idioma e você tiver só o básico ou não tiver nenhum conhecimento, não se candidate.

6. Se a vaga exigir determinado curso de graduação e seu curso superior for outro, também não adianta se candidatar.

7. Se a vaga exigir disponibilidade para viagens e você for daquele profissional que não tem condições de ficar se deslocando seja por compromissos acadêmicos ou familiares que inviabilize viagens, não adianta se candidatar.

8. Se você for nível Auxiliar e a vaga for para nível Analista ou Coordenador, não adianta se candidatar.

9. Se a vaga exigir por exemplo “conhecimento em SAP” e você não tem, não se candidate pois não irá adiantar.

10. Se a vaga solicitar que você informe sua pretensão salarial, não encaminhe seu currículo sem essa informação senão seu currículo será descartado do processo de recrutamento. 

11. Se a vaga fornecer o valor do salário e esse não estiver de acordo com suas pretensões, não se candidate pois por melhor que você seja, a empresa não aumentará a remuneração por sua causa, exclusivamente. 

12. Mantenha seus telefones de contato sempre atualizados e evite mudar de números de contato e além do mais, verifique seus recados na caixa postal. E se o telefone for de contato, garanta que a pessoa que receberá o recado tenha condições de anotá-lo, pois é comum de não conseguirmos deixar recado por alguns motivos: criança atender o telefone e não passar para um adulto, deficientes visuais atenderem estarem sozinhos e não terem condições de anotar, idosos com dificuldade de visão ou ainda pessoas analfabetas. "Faça questão de poder ser localizado".

Obs: Caso queira saber mais sobre solicitação de pretensão salarial, escrevi um artigo somente sobre esse tema, o link é http://alemdorh.blogspot.com.br/2012/07/o-paradigma-da-pretensao-salarial.html

Quando os selecionadores elaboram anúncios bem feitos e informam os requisitos detalhados, eles não estão lá divulgados por “capricho” nem estão lá de “enfeite”, estão lá para serem observados e acatados.
Agora, se o anúncio só tiver o nome da vaga, esqueça tudo o que você leu até agora nesse artigo e o selecionador "que se virem". Aliás, o próximo artigo tratará justamente dos "Selecionadores Mala", por que no mercado de trabalho, sempre existem os dois lados de uma mesma situação e este Blog não é a favor de corporativismo.

Portanto, tenha bom senso no mercado de trabalho (selecionador e candidato), com bom senso o mercado de trabalho será mais justo e focado e o sucesso em sua busca por recolocação logo chegará, certamente. 

Bom senso é a palavra de ordem no mercado de trabalho!

Este texto é de propriedade intelectual de:
Simoni Aquino
Consultora em Gestão Estratégica de Pessoas

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES PARA OS QUE ESTÃO PERDENDO SEU PRECIOSO TEMPO (que deveria ser investido em algo mais útil) EM ME MANDAR MENSAGENS DESELEGANTES:
1. Informo que tenho empatia pelos profissionais disponíveis, basta ler artigos anteriores que isso fica bem claro. Sou oriunda de telecom (11 anos) e há 7 anos migrei para o RH e portanto, já estive algumas vezes desempregada e não me envergonho disso e afirmo que mesmo sendo de outra área e estando DESESPERADA, nunca fui "mala", pois é uma questão de bom senso e não de condição.

2. Estou passando por um problema de desemprego em minha casa, pois meu marido está buscando recolocação e nem por isso, ele acha justificável ou "legal" se comportar com um "mala".

Portanto, aos que estão prontos a me julgar, devem perceber que compreendo muito bem este momento, mas isso não anula o fato de quem não tem bom senso, estará fadado ao insucesso na busca por recolocação. E ao invés de me julgar, faça uma coisa mais produtiva: analise se seu posicionamento de "mala" te ajuda no seu principal objetivo: recolocar-se???


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40 comentários:

  1. Concordo c/vc, mais infelizmente a maioria ñ lê.

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    1. Olá!
      Agradeço pela visita e pela confiança no Blog Além do RH.

      Enquanto uns não leem e seus currículos vão para a lixeira, outros estão no perfil e se destacam no processo seletivo e consequentemente, no mercado de trabalho.

      Abraço,

      Simoni Aquino
      www.alemdorh.blogspot.com
      www.simoniaquino.com.br

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    2. acredito que o ser humano tem falhas, mas uma coisa eu já aprendi com a vida insistir é a alma do negocio. vá que a pessoa do rh esteja trabalhando satisfeita com seu trabalho e veja que ele tem uma coisa que outras não tiveram coragem de arriscar.

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    3. Gutemberg, bom dia!
      Agradeço pela visita e pela confiança no Blog Além do RH.

      Você está misturando as estações...

      Concordo plenamente com você que os seres humanos apresentam falhas, afinal todos nós estamos sujeitos a erros. O segredo é aproveitar o grande e fácil acesso à informações de qualidade para aproveitar todas as orientações aos quais temos acesso, para minimizar nossos erros.
      Erro consciente, por pura insistência e inconveniência é imperdoável no mercado de trabalho.

      Quando você diz: "vá que a pessoa do rh esteja trabalhando satisfeita com seu trabalho". O que quer dizer com isso? Digo por mim: sou extremamente feliz, realizada e atuo com vocação com RH e nem por isso, sou "obrigada" a tolerar candidatos mala, que não sabem a diferença entre ser inconveniente e ser "batalhador".

      Com diz o próprio artigo: "Quando os selecionadores elaboram anúncios bem feitos e informam os requisitos detalhados, eles não estão lá divulgados por “capricho” nem estão lá de “enfeite”, estão lá para serem observados e acatados".

      Fica a orientação à todos e aceita quem quer ou quem não deseja ser visto como alguém inconveniente que não mereça uma oportunidade de ser entrevistado.

      Afinal de contas, insistir "só é a alma do negócio" quando estamos exercendo nossas atividades e se não estivermos passando dos limites.
      Bom senso é sempre positivo!

      Abraço,

      Simoni Aquino
      www.alemdorh.blogspot.com
      www.simoniaquino.com.br

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  2. Respostas
    1. Olá, Vanessa!
      Agradeço pela visita e pela parabenização em relação ao meu trabalho com o Blog Além do RH.

      Seja sempre muito bem-vinda!

      Abraço,

      Simoni Aquino
      www.alemdorh.blogspot.com
      www.simoniaquino.com.br

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  3. Otimo diagnostico
    do "mala" abço

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    1. Olá, Luiz!
      Agradeço pela visita e seja sempre muito bem-vindo!

      Abraço,

      Simoni Aquino
      www.alemdorh.blogspot.com
      www.simoniaquino.com.br

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  4. Simoni, você me ajudaria com o meu currículo, ver o que tem de errado pra me ajudar a elaborar um currículo de fácil visualização? Pois, não sou chamada nem pra uma entrevista. Gostaria de ter um currículo dinâmico.

    Cristiane Campos da Cunha

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    1. Olá Cristiane!
      Agradeço pela visita e pela confiança em trabalho com o Blog Além do RH.

      Recebo centenas de pedidos como o seu, todas as semanas e não tenho como atender pois fica impossível conciliar minhas atividades profissionais, o Blog Além do RH e mais elaboração de currículos à todos que me pedem.

      Como busco ser justa, penso que se não posso atender à todos, não acho correto atender apenas um pedido.

      Especialmente por que, considero que faço um trabalho voluntário bem bacana com o Blog Além do RH, mas é necessário ter boa vontade, interesse e não ter preguiça de ler, pois aqui encontrará inúmeras dicas de elaboração de currículo e até mesmo, modelo de currículo eficiente.

      Espero que me compreenda!

      Abraço e ótimo final de semana,

      Simoni Aquino
      www.alemdorh.blogspot.com
      www.simoniaquino.com.brSeja sempre muito bem-vinda!

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  5. Simone

    Desculpe-me, mas acho também que os profissionais de RH, deveriam dar o feedback para os candidatos e isso não ocorre com frequência. Mas tudo que está escrito acima é verdade, entretanto, se colocando no lugar de quem está desempregado, é fácil entender o porque fazem isso. DESESPERO.

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    1. Olá Anônimo!
      seja lá qual for seu nome)

      Minha resposta está logo abaixo da mensagem em grifo vermelho.

      Mesmo sendo empática, continuo não compreendo a lógica do "candidato mala".


      Abraço e sucesso!

      Simoni Aquino
      www.alemdorh.blogspot.com
      www.simoniaquino.com.brSeja sempre muito bem-vinda!

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  6. Até que enfim um artigo onde o selecionador não é colocado como o problema no processo de seleção, e sim o candidato, que se apresenta como "mala"
    Normalmente leio artigos onde o selecionador sempre é julgado como "ruim" na história e o candidato sempre é a vítima.
    Também já tive várias experiências ruins com candidatos "malas", que não têm bom senso e ainda te cobram de retorno de vagas que sequer eles têm perfil, mesmo você avisando que CV's fora do perfil não serão analisados.
    Também estou no mercado à procura de recolocação, mas não me candidato a vagas que não me considero com perfil adequado, pois sei como as coisas funcionam e, graças a Deus, tenho bom senso também.
    Parabéns pelo artigo e pelo serviço, que considero de utilidade pública.
    Abs
    Thatiana Carvalho

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    1. Olá Thatiana!
      Agradeço pela visita e pela confiança em trabalho com o Blog Além do RH.

      Compreendo suas colocações, sou sensível à situações que o selecionador tem de enfrentar diariamente para exercer suas atividades e ainda apresentar os resultados, que são esperados pelo nível executivo.

      Entretanto, já encontrei muito por ai, os "Selecionadores Mala" e como não aceito corporativismo, elaborei logo em seguida um artigo sobre nossos colegas: "Selecionadores Mala", que infelizmente existem aos montes por ai, por isso lemos tantas matérias falando "mal" dos selecionadores.

      Te convido a lê-lo e te garanto que, se você nunca foi "mala", você enquanto candidata já passou por algum selecionador mala, fatalmente. Desculpe se lhe frustrei, mas para ser justa, não poderia deixar de falar deles também.

      O link é http://alemdorh.blogspot.com.br/2013/06/selecionadores-mala.html

      Espero que me compreenda!

      Abraço e ótima semana,

      Simoni Aquino
      www.alemdorh.blogspot.com
      www.simoniaquino.com.br

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  7. Olá, Simoni

    Excelente seu artigo, assim como as dicas para ajudar (ambos os lados da mesa) na recolocação.

    Apenas comento que a contrapartida é desigual: enquanto os entrevistadores basicamente se chateiam com os "candidatos-mala", os candidatos se desanimam e se revoltam com os "entrevistadores-deuses" que, entre outras, se acham conhecedores dos assuntos e do "metier" dos entrevistados, sem o sê-lo - a ponto de fazer perguntas descabidas, quando não invasivas - além de não dar "feedback", ou sequer avisar sobre o encerramento do processo. E isso por uma simples razão: os entrevistadores estão empregados ... então por que perder tempo com os "descartados" ?

    Abraço

    Guillermo Romera

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    1. Olá Guillermo!
      Agradeço pela visita e pela confiança em trabalho com o Blog Além do RH.

      Justamente por conhecer bem essa situação dos selecionadores antiéticos e/ou mal educados é que elaborei logo em seguida um artigo sobre meus colegas malas: "Selecionadores Mala", que infelizmente existem aos montes por ai.

      Abraço e ótima semana,

      Simoni Aquino
      www.alemdorh.blogspot.com
      www.simoniaquino.com.br

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  8. Simoni, muito boa a sua abordagem.
    Permito-me incluir mais uma característica do "mala": é aquele candidato que preenche os requisitos, porém se "esconde".
    Explico: coloca dois telefones no cv: o fixo, que ninguém atende (ou, pior, quem atende é uma criança que não tem condições de anotar um recado) e o celular, que está sempre na caixa postal, você deixa recado que nunca é respondido.
    Essa é a razão pela qual digo sempre às pessoas que eventualmente aconselho na busca de uma colocação: "faça questão de poder ser localizado, sempre e rapidamente".
    Sucesso e forte abraço!

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    1. Olá Luiz!
      Agradeço pela visita e pela confiança em trabalho com o Blog Além do RH.

      Não me recordei dessa questão e aproveitei a seu comentário, para incluir no texto essa questão que realmente é muito incômoda, já que muitas vezes o currículo é excelente e não conseguimos contato.

      Muito boa sua dica!

      Abraço e ótima semana,

      Simoni Aquino
      www.alemdorh.blogspot.com
      www.simoniaquino.com.br

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  9. Bom dia Simoni!

    Gostaria de de uma opinião sua.Acabei de ler seu texto sobre "Currículos Mala". Fiz faculdade de Serviço Social e MBA em GRH na mesma Universidade Federal.Fiquei quase 2 anos desempregada porque não tinha experiência.Trabalhei por quase 3 anos no setor público em treinamento.Tenho encontrado dificuldade para ser selecionada, inclusive para auxiliar.Agora em Agosto vou começar um tecnólogo em RH por uma instituição renomada e vou tentar voltar para o mercado como estagiária ou auxiliar.Acredito que esta seja a única forma de entrar no mercado.Também tenho acompanhado as descrições das vagas e vejo que muitas delas solicitam atividades das quais eu não realizei, mas sou capaz de fazer, como divulgar vagas.
    Meu pai investiu muito para me manter fora de casa e estudando em instituição de qualidade.Então, eu sou uma mala por não ter a experiência e querer entrar no mercado de trabalho?Como eu vou entrar no mercado de trabalho?Como eu vou crescer profissionalmente? Quero entrar, nem que seja como auxiliar, mas convenhamos que não está anda fácil, os recrutadores não consideram os valores da pessoa e acabam por dispensar muitas pessoas com potencial que só estão em busca de uma oportunidade.Penso que se a disponibilidade é imediata é porque a pessoa deve estar estagnada ou desempregada.Trabalhei em prefeitura e no regime estatutário o funcionário não recebe fundo de garantia nem seguro desemprego.Meu pai está pagando a catho e tenho buscado uma oportunidade incansavelmente.
    Tem muitas pessoas que realmente tem essa disponibilidade para mudar.Se há interesse de mudar para outra cidade, porque não mostrar essa disponibilidade?
    Na minha opinião não é uma questão de filantropia, é olhar para o candidato com um olhar mais humano.Olhar para o candidato e ver um ser humano que busca conquistar seus objetivos na vida e muitos dos sonhos serão realizados a partir do salário. Sem o salário não se pode custear um estudo, uma viagem, um financiamento de um apartamento,não se pode construir uma família, etc.

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    1. Olá Anônima!

      Inicialmente agradeço pela visita e pela confiança no meu trabalho com o Blog Além do RH.

      Já estive em sua condição de ex-funcionário do poder público e compreendo bem sua posição, sofri muito preconceito e demorei e penei muito para quebrar esse "ranso" que o serviço público nos impõe.

      Tive experiências na época que cursava minha graduação, onde aos 28 anos larguei um trabalho efetivo para batalhar por um estágio, banquei o primeiro semestre com o seguro-desemprego e no quinto mês conquistei uma vaga de estágio onde permaneci até o final de minha graduação. Vi muitos colegas que não tiveram essa mesma "coragem" de largar um serviço CLT por conta de um "estágio" e até hoje, 6 anos depois ainda não ingressaram na área (já até desistiram).

      Esse é um dos maiores erros que vejo alunos de graduação cometerem, não estagiar durante a graduação. A única maneira para alguém que não tem experiência na área e querem atuar na escolhida, é através do estágio. E infelizmente, encontramos até vagas de estágio exigindo experiência e isso é um absurdo enorme, para não dizer falta de ética...

      Quando digo que o mercado não é filantropia, me refiro quando profissionais disponíveis mantém atitudes que não o levarão a lugar algum: se candidatando à vagas que não atendam o perfil exigido, quando imploram e se humilham pedindo oportunidades. Isso é depreciativo e não resulta em nada de positivo, ao contrário!

      Se você conhece RH sabe e compreende que os selecionadores (na sua maioria sem poder decisório) obedecem critérios estabelecidos pelas políticas de RH, pela descrição de cargos & salários e especialmente, pelos gestores requisitantes. Concordo que cabe aos profissionais de RH "conscientizarem" o nível executivo da questão da responsabilidade social, já tentei e mantenho isso como base de meu trabalho nas organizações, mas no Brasil em via de regra, isso é extremamente difícil e demanda tempo para mudança da cultura organizacional.

      Quando as organizações buscam profissionais, elas primam pela questão das competências sociais, mas não deixam de lado as questões técnicas, mas buscam profissionais que apresentem no mínimo uma prévia experiência. Por isso, existe o caminho do estágio.

      Muito mais equivocado do que o mercado de trabalho, são os alunos de graduação que não buscam o estágio como porta de entrada para o mercado de trabalho e só "vão correr atrás" após formados. O mercado não deve ter "dó" dessas pessoas, independente do nome da instituição, do valor do curso ou do esforço dispendido para cursá-la, se esse aluno passou pelo estágio e transformou seus conhecimentos em resultados e experiência efetiva, ele será absorvido pelo mercado de forma natural.

      A minha trajetória prova de que o estágio durante a graduação é fonte de resultados positivos, mas enfim, cada um com suas escolhas e depois que arque com as consequências dessas opções. E nem sempre a "grife" da instituição tem peso no mercado, o que vale é como o profissional irá transformar os conhecimentos adquiridos em resultados.

      Você perguntou:
      "Então, eu sou uma mala por não ter a experiência e querer entrar no mercado de trabalho?"
      Só para deixar bem claro: em momento nenhum expus no texto que considero que alguém que não tem experiência e que busca recolocação como um "mala".

      O que quero dizer é que "qualquer profissional que se candidata à vagas sem obedecer os critérios estabelecidos pelo contratante é um mala". Se esse for o seu caso...lhe pergunto: adiantou alguma coisa de positivo até então?

      Fica a reflexão!


      Abraço e ótima semana,

      Simoni Aquino
      www.alemdorh.blogspot.com
      www.simoniaquino.com.br

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    2. Me identifico muito com a situação da "Anônima", pois é praticamente a mesma que a minha.
      Me formei em Psicologia por uma faculdade renomada, que por ser de período integral, não me possibilitou fazer estágio. Por isso, também não consigo entrar no mercado de trabalho. É aquele looping: não tenho experiência pois não me contratam, não contratam porque não tenho experiência.
      Assim como a Anonima, pretendo me inscrever novamente em um curso de graduação para poder fazer estágio, pois me parece a unica maneira de entrar no mercado de trabalho.

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    3. Olá Caroline!
      Seu caso também é bem específico pela graduação ser integral, mas pondero que certamente você passou pelos estágios obrigatórios e essas vivências devem ser bem exploradas no currículo, afinal de contas foram competências e experiências adquiridas ao longo de sua trajetória na graduação.

      Acredito que a graduação tecnológica, se bem escolhida e com estágio, pode ser uma alternativa bem interessante especialmente por tratar-se de um curso de curta duração e se optar por RH na mesma faculdade, você ainda pode eliminar matérias graças à carga horária e grade curricular do curso de Psicologia.

      Irei preparar um artigo que abordará a questão do estágio e dos programas de trainnee, como trabalho com frentes de vários artigos, esse em específico ficará programado para daqui uma semana, aproximadamente.

      Se você for da região da Baixada Santista, me encaminhe seu currículo para compor meu Banco de Talentos (contato@simoniaquino.com.br) e para lhe convidar para participar da ABRHSP - regional Baixada Santista. Ao encaminhar, se identifique como sendo desse bate-papo, para que eu possa recordar, pois recebo centenas de currículos.

      Grande abraço e sucesso!

      Simoni Aquino
      www.alemdorh.blogspot.com
      www.simoniaquino.com.br

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  10. Olá Simoni!

    Quando busquei a pós - graduação, foi pensando em abrir meu leque para atuar em empresa, pois o mercado também tem mostrado mudanças para área de Serviço Social.Foi essa a minha intenção, inclusive a coordenadora do curso de pós incentivou a fazer o curso e não obtive o retorno esperado com o investimento.Eu fiz estágio na faculdade mas na área da saúde.Também tive muitas experiências sendo bolsista, mestre de cerimônia, organizadora de eventos, etc.Mas não tive a " absorção natural" pelo mercado.E, pelo contexto do Serviço Social em 2009, achei que a pós - graduação pudesse me ajudar.Vejo tantas pessoas formadas mas que trabalham na área em que fizeram pós - graduação.Esse era meu pensamento.
    Hoje diante das dificuldades resolvi fazer o curso de tecnólogo para retornar ao mercado como estagiária.
    Acho que nem sempre é uma questão de implorar o emprego. Minha psicóloga me auxilia e faz com que eu reconheça as qualidades e todas as experiências, como eu posso fazer meu marketing, como as minhas competências e estudo podem me auxiliar em uma determinada vaga.
    Espero ter sido clara nas minhas idéias.
    Muito obrigada pelo feedback.

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    1. Olá Anônima!

      Como disse na resposta anterior, compreendo a sua situação e em alguns momentos "me vi em você" e diante de nosso bate-papo, irei preparar um artigo que abordará a questão do estágio e dos programas de trainnee, como trabalho com frentes de vários artigos, esse em específico ficará programado para daqui uma semana, aproximadamente.

      Acredito que sua opção de buscar o curso de tecnólogo é muito importante e certamente irá contribuir para sua inserção na área de RH, especialmente por que você tem experiência com serviço social e com um currículo bem elaborado e que traduza a sua experiência (competências e resultados) e tire um pouco o foco do serviço público, certamente você terá sucesso em seus objetivos.

      Também irei elaborar um artigo sobre a opção da realização da pós-graduação de quem ainda não tem experiência na área e opta pela pós considerando que ela irá contribuir para a sua empregabilidade. O que, a minha experiência, comprova que não surte os resultados esperados.

      Você enriqueceu muito o debate do Blog Além do RH e deixo registrado meu agradecimento por sua confiança e por sua pertinente e madura participação.

      Se você for da região da Baixada Santista, me encaminhe seu currículo para compor meu Banco de Talentos (contato@simoniaquino.com.br) e para lhe convidar para participar da ABRHSP - regional Baixada Santista. Ao encaminhar, se identifique como sendo desse bate-papo, para que eu possa lhe reconhecer, já que você optou se manter anônima.

      Grande abraço e sucesso!

      Simoni Aquino
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  11. Simone,

    o seu post fala do lado do RH. Mas acho também importante ressaltar que existem muitos profissionais de RH malas, que esquecem principalmente que são Recursos HUMANOS e estão tratando com PESSOAS.
    Ao meu ver ultimamente o que tem ocorrido no mercado é um leilão de vagas. Onde o candidato com menor preço leva a vaga, requisitos que são colocados como necessários a vaga podem ser desconsiderados dependendo dos valores de salários propostos. Por este simples motivo você pode encontrar tantos candidatos "malas".
    Acho que a qualidade dos nossos profissionais de RH está muito a desejar! A maioria (não estou dizendo ser o seu caso) não é capaz nem de dar um feedback negativo. Alguns se acham numa posição superior em relação ao candidato. Do mesmo jeito que você acha um desperdício de tempo olhar currículos, imagine se os candidatos começarem achar um desperdício enviar currículos para RH e começarem a usar só indicação para contratações.

    Fabianne

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    1. Olá Fabianne, bom dia!

      Agradeço por sua visita ao Blog Além do RH e pela confiança de seus comentários ao contribuir com seu ponto de vista.

      Não sei se você leu nos últimos parágrafos desse texto, que cito que também elaborei um artigo intitulado “Selecionadores Mala” , como já estive do outro lado e não conhecia o funcionamento da área de RH (sou oriunda da área de Telecom) e justamente por conhecer bem essa situação dos selecionadores antiéticos e/ou mal educados é que elaborei logo em seguida um texto sobre meus colegas malas, que infelizmente existem aos montes por ai.

      Espero que o artigo “Selecionadores Mala”, tenha conseguido captar a situação e contemple a demonstração do outro lado do mercado de trabalho. Afinal de contas, como sempre digo: Existem bons e maus profissionais em qualquer área ou segmento e certamente, no RH não é diferente!

      Seja sempre muito bem-vinda ao Blog Além do RH!

      Abraço e ótima semana,

      Simoni Aquino
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  12. O mercado tem o que ele mesmo forma, é fácil terceirizar a culpa nos candidatos.
    todos sabemos que entre a descrição da vaga e os trabalhos que serão realizados há uma grande diferença, faça uma pesquisa com pessoas recém contratadas, alguns meses após a contratação.

    faria sentido se candidatar a vagas aderentes ao perfil, mas muitas vezes o primeiro filtro é a sua pretensão salarial, todos sabemos que vagas sem o valor informado serve para nivelar pra baixo, até porque uma empresa quer atrair bons profissionais e se destacar informa o valor como atrativo.

    outro problema muito comum, é vc se preparar para uma entrevista e a entrevistadora nem se quer leu o seu currículo.

    "Sabe aquele profissional que não consegue o primeiro emprego e mesmo sem a experiência exigida, se candidata?" Neste caso o problema é milenar, como ter experiência sem ter a primeira oportunidade, ou vc trabalha de graça, ou vc mente. todos mentem, alguns mais outros menos, omissão é uma forma de mentira, com o tempo vc fica bom nisso

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    1. Olá Anônimo, bom dia!

      Agradeço por sua visita ao Blog Além do RH e pela confiança de seus comentários ao contribuir com seu ponto de vista.

      Não sei se você leu nos últimos parágrafos desse texto, que cito que também elaborei um artigo intitulado “Selecionadores Mala” , como já estive do outro lado e não conhecia o funcionamento da área de RH (sou oriunda da área de Telecom) e justamente por conhecer bem essa situação dos selecionadores antiéticos e/ou mal educados é que elaborei logo em seguida um texto sobre meus colegas malas, que infelizmente existem aos montes por ai.

      Espero que o artigo “Selecionadores Mala”, tenha conseguido captar a situação e contemple a demonstração do outro lado do mercado de trabalho. Afinal de contas, como sempre digo: Existem bons e maus profissionais em qualquer área ou segmento e certamente, no RH não é diferente!

      Quanto à mentira não entrarei nessa seara, pois na minha opinião (e opinião não se discute, se respeita) mentira é falha de caráter. Mas cada um tem o livre arbítrio de fazer suas escolhas e arcar com suas consequências.

      Abraço e sucesso,

      Simoni Aquino
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  13. Olá Simone parabéns, muito pertinente o texto, pois retrata um bastidor que só quem é da área sabe. Hoje há muitas discussões e criticas sobre o profissional de R&S, sabemos que há profissionais e há profissionais, estou disponível no mercado e sinto na pele a falta de feedback por parte das inscrições em vagas dentro do meu perfil, penso que nossos colegas devam arrumar um tempo para retornar mesmo que negativo, fico frustrada com o silêncio(este é o sentimento do candidato)mas procuro entender que a demanda deva ser muito grande e o recrutador não faz somente aquele processo(assim sofro menos rsrsr). Talvez se todos os candidatos tivessem este discernimento de só encaminhar DENTRO do perfil(minimo 90% do perfil)os recrutadores teriam mais tempo. O que percebo em vários debates em grupos que participo são a reclamações dos recrutadores exatamente com que você descreve em seu texto: Candidatos que não leem o enunciado da vaga envia para quem compartilhou, etc... fora aqueles que são de outras áreas mas querem mandar para uma oportunidade futura, sabemos que recrutador atua com foco na vaga trabalhada naquele momento, descartará qualquer CV e nem lembrará dele futuramente. Hoje a demanda e enxugamento na equipe de RH muitas vezes põem de lado o famoso banco de dados, principalmente pela desatualização das informações e entre perder tempo e energia vasculhando banco de dados e entrar em contato pedindo CV atualizado, o recrutador será mais prático e divulgará nas redes sociais e meios de comunicação, em milésimos de segundos terá informação fresquinha em tempo real, consequentemente cx e-mail lotado e 90% fora do perfil como de praxe rsrs.
    Parabéns divulguei, abraço!!
    Rose

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    1. Olá Rose!
      Agradeço pela visita e pela confiança em trabalho com o Blog Além do RH.

      Fico feliz que um profissional de RH se manifeste, pois ao que parece aos olhos de "alguns" que promoveram seus comentários aqui no Blog que essa é uma questão particular e que meu objetivo seja o de depreciar os profissionais disponíveis. A intenção é justamente dar um "choque de realidade" e promover reflexões, mas "alguns" profissionais disponíveis consideram que vale tudo no mercado de trabalho e são "impermeáveis" à qualquer reflexão.

      Você ilustrou com muita propriedade, como o mercado de trabalho se comporta de ambos os lados, mas vamos deixar claro que não há generalizações.

      E justamente por conhecer bem essa situação dos selecionadores antiéticos e/ou mal educados é que elaborei logo em seguida um artigo sobre meus colegas malas: "Selecionadores Mala", que infelizmente existem aos montes por ai.

      Agradeço por ter compartilhado o artigo e seja sempre muito bem-vinda ao Blog Além do RH!

      Abraço e sucesso,

      Simoni Aquino
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  14. Acho que a Sra. Dona Simoni não tem muito traquejo social para com as várias diferenças humanas, pois os denominados "mala" podem ter todas as lacunas que referiu, mas não deixam de ser recursos humanos, e por vezes, muito rentáveis no mercado de trabalho, só precisarão, talvez, da oportunidade certa, no momento certo, sendo recrutado, claro está, pela pessoa certa.
    Compreendo perfeitamente, e julgo que partilha da minha opinião, que o recrutamento, através de entidades talhadas para o efeito, não são a paróquia da caridade, mas a Filantropia é sempre bem vista por todos os seres pensantes, pois é esse lado que permite a evolução e o crescimento do Ser Humano, se não seríamos todos máquinas.
    Tenha um pouco mais de refreio nas "felinidade", pois não é assim que consegue incutir a garra e vontade de vencer no mercado de trabalho, "au contraire ma bonne amie"!

    Muitas Felicidades para o seu Blog!

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    1. Boa tarde, Sandy!
      Inicialmente agradeço-lhe pela visita e por sua felicitação ao Blog Além do RH.

      Fico muito aliviada que o senhor tenha iniciado sua mensagem com o verbo achar, pois quem “acha” alguma coisa sobre alguém, especialmente sem conhecer, “não tem certeza".

      Para alguém que fala sobre “traquejo social”, deveria ter mais consciência de não julgar de forma tão contundente sem me conhecer e sem ao menos ter se “dado ao trabalho” de ler outros artigos daqui do Blog Além do RH, pois teria a percepção que seu “achismo”, realmente não corresponde à realidade. Entretanto, com mais de 150 artigos, acredito piamente que não tenha de provar nada a ninguém, meus textos são a demonstração disso.

      Não tenho a pretensão de ser unanimidade e muito menos que o Blog agrade a todos, pois afinal de contas, sou uma gota d´água no oceano e se nos lembrarmos da história da humanidade, onde nem Jesus com sua infinita sabedoria, conseguiu agradar a todos, porque então eu...teria essa pretensão?

      Não sei se você leu nos últimos parágrafos desse texto, que cito que também elaborei um artigo intitulado “Selecionadores Mala” , como já estive do outro lado e não conhecia o funcionamento da área de RH (sou oriunda da área de Telecom) e justamente por conhecer bem essa situação dos selecionadores antiéticos e/ou mal educados é que elaborei logo em seguida um texto sobre meus colegas malas, que infelizmente existem aos montes por ai.

      Espero que o artigo “Selecionadores Mala”, tenha conseguido captar a situação e contemple a demonstração do outro lado do mercado de trabalho. Afinal de contas, como sempre digo: Existem bons e maus profissionais em qualquer área ou segmento e certamente, no RH não é diferente!

      Sua mensagem me fez recordar Voltaire: "Posso não concordar com uma palavra do que vos dizeis, mas defendo até a morte o vosso direito de dizê-lo".

      Abraço e sucesso,

      Simoni Aquino
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  15. Olá Simoni,
    Concordo com absolutamente tudo o que vc colocou exceto 2 pontos: itens 10 e 11.
    Acredito que em ambos os casos cabe algo que o profissional brasileiro peca em fazer mas que eu tive a oportunidade de aprender: NEGOCIAÇÃO.
    Afinal, remuneração não é só salário, existem várias coisas que podem ser atrativas ao candidato e que seriam, digamos, complementar. Não me refiro apenas aos já tão manjados benefícios , mas outras coisas sutis que, a depender da situação, podem ser de grande valor ao candidato e o mesmo concordar em ter um salário menor do que a sua pretensão inicial. Te darei um exemplo: para um candidato que deseja mudar de cidade e está concorrendo a uma vaga na mesma. Neste caso, seria muito bem vindo que a empresa arcasse com o custo da mudança ou quem sabe do aluguel por um determinado periodo. Suprir o custo com estacionamento tb é outro fator relevante, principalmente em grandes centros urbanos.
    Outro fator que acho determinante são os desafios associados a função, o quão valioso será para o crescimento profissional e que dará um retorno a curto ou médio prazo.
    Sendo assim, os candidatos somente poderão decidir após uma entrevista presencial. Daí acho contraproducente descartar currículos sem a pretensão salarial...pode-se estar descartando um talento.
    E tb acho que as empresas devem sim estar disponíveis a aumentar o salário quando diante de um talento...muitas vezes trata-se de um valor irrisório que com certeza irá recompensar...e aí cabe o profissionalismo de quem está recrutando saber identificar.
    E se a empresa não está disposta a negociar, então que divulgue o que pode pagar juntamente com a descrição da vaga.
    Espero que a cultura de negociação salarial um dia seja absorvida no Brasil.

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    1. Olá Adriana!
      Inicialmente agradeço-lhe pela visita e pela contribuição com sua mensagem.

      Compreendo tudo o que coloca, mas não podemos nos esquecer que a negociação só é possível em caso de posições de níveis hierárquicos mais elevados, onde há abertura do nível executivo em flexibilizar a remuneração, quando falo de remuneração refiro-me ao salário e aos benefícios, nem sempre tão manjados assim.

      Em cargos de níveis menos elevados, sabemos que as empresas, especialmente as nacionais oferecem o que a convenção coletiva impõem (e olha lá...) e dai não há margem para negociação.

      Dessa forma, a negociação depende muito da posição que o profissional irá ocupar e como o artigo não trata deste ou daquele nível hierárquico em específico, realmente não abordo essa questão, mas você deixou uma sugestão de um próximo artigo: quando a negociação remuneratória é possível no processo seletivo.

      Quanto à questão dos desafios, também irei elaborar um artigo somente sobre o tema pois é um assunto fantástico de ser abordado.

      Agradeço sua visita e seja sempre muito bem-vinda ao Blog Além do RH!

      Abraço e sucesso,

      Simoni Aquino
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  16. Parabéns Simone, pela excelente matéria. Realmente é uma situação delicada, conforme acompanhei os comentários acima. Nós recrutadores não descriminamos e nem deixamos de dar oportunidades aos candidatos. Sabemos que todos são capazes, todos tem suas habilidades e conhecimentos, porém os candidatos malas, e que são muitos atrapalham o caminhar do processo. Você avalia nisso o quanto as pessoas não prestam atenção e não gostam de ler, apenas enchergam o que querem. Quanto aos selecionadores também concordo que existem selecionadores e selecionadores. Mas você colocou corretamente em sua matéria. É uma pena que algumas pessoas não saibam ler e compreender o foco principal. Parabéns!!!!!!

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    1. Ola Flavia!
      Inicialmente agradeço-lhe pela confiança e pela contribuição com sua mensagem.

      Parece que a resistência de alguns ainda faz com que não se compreenda de uma vez por todas que para toda vaga, existe OBRIGATORIAMENTE um perfil e exigências que devem minimamente serem cumpridas pelo profissional que será selecionado para ocupar a respectiva posição.
      A ignorância, cega. E enquanto uns permanecessem resistentes à essa compreensão, outros já compreenderam e serão estes que, terão uma busca por recolocação mais assertiva, e consequentemente mais ágil.

      Agradeço sua visita e seja sempre muito bem-vinda ao Blog Além do RH!

      Abraço e sucesso,

      Simoni Aquino
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  17. concordo em partes, vaga perfeita e candidato perfeito nao existem, nao adianta esperar um candidato que se encaixe 100% com as exigencias da vaga pois geralmente esse cara nao existe. Logo e legal postar as vagas um pouco mais genericas, abrindo a chance para receber mais cvs interessantes, que para um gestor de RH organizado (1% acredito), serão cvs que farao parte de um arquivo a ser revisitado dezenas de vezes para novas vagas. quanto aos cvs que estao muito fora do perfil, existe a techa del e um icone com a figura de um lixinho, basta clicar, não dói o dedo fazer isso, a nao ser que o gestor de rh seja preguiçoso (99%)...

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    1. Olá Antonio!
      Inicialmente agradeço-lhe pela visita e pela contribuição com sua mensagem.

      Realmente, em nada na vida encontraremos perfeição, especialmente quando falamos sobre seres humanos que necessitam de constante evolução e desenvolvimento, independente da profissão.

      Formar um banco de talentos é sempre muito positivo, eu mesma faço isso e é sempre muito válido, mas profissionais disponíveis que não tem o perfil da vaga e não correspondem a nem 50% do perfil, devem ir para a lixeira, certamente. Pois não apresentaram o mínimo de cuidado de ler a vaga até o final e panfletam seu currículo.

      Agradeço sua visita e seja sempre muito bem-vindo ao Blog Além do RH!

      Abraço e sucesso,

      Simoni Aquino
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      www.simoniaquino.com.br

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  18. Simoni!

    Esta é a primeira vez que acesso o blog e gostei muito do qie vi.

    Acredito que a leitura sempre ajuda e traz uma nova visão das coisas.

    Obrigado e sucesso!

    José Henrique

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  19. Bom dia, Simoni.
    Adorei o texto ácido-informativo, ao mesmo tempo em que dou risada. me informo. E olha que já fui a mala desesperada no quesito quilômetros de distância, mas, com a experiência, você aprende que é imprescindível você ter paciência e objetivo. O foco é vital para quem quer recolocação.
    Parabéns, seu blog é fantástico e você, como ser humano, carismática. Tem uma vaga pra mim? Há! Há! Há! - Brincadeira, sucesso e torço para que seu marido consiga logo a recolocação porque mexe demais com a estima do homem.

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Olá!
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Conto com a sua compreensão,

Simoni Aquino
Idealizadora e escritora do Blog Além do RH

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