segunda-feira, 2 de julho de 2012

QI ou Networking: importante ou prejudicial?


por Simoni Aquino
Fonte da imagem: Internet

É incrível como tenho visto no Linkedin, profissionais reclamando o fato do mercado de trabalho considerar as Indicações!

Não compreendo por que esses profissionais realizam uma análise tão negativa a respeito das indicações e prefiro acreditar que essa incompreensão seja ocasionada pela ignorância (no sentido de falta de entendimento e/ou conhecimento) do que pela soberba de não querer compreender esse fenômeno.

QI ou networking é útil, necessário e faz bem a todos!
Faz parte da Empregabilidade (leia o artigo)!

Como não sou detentora de uma verdade absoluta, faço um convite à algumas reflexões e você entenderá que Indicações são positivas:

1. Por que utilizamos redes sociais ou profissionais, tais como Linkedin?
2. Por que devemos nos colocar no mercado de trabalho, de maneira madura e profissional?
3. Qual a finalidade de participarmos de grupos de debates no Linkedin?
4. Por que devemos ser bons colegas de trabalho e subordinados éticos e competentes em nosso cotidiano organizacional?

Vamos à algumas considerações para cada uma das reflexões acima:

1. Nos colocarmos numa vitrine profissional e estabelecermos networking com outros profissionais, empresas e selecionadores.

2. Para nos apresentar nossa experiência e carreira profissional e fornecer a imagem de um profissional sério, correto e maduro.

3. Para demonstrarmos toda a nossa expertise profissional, nossa conduta profissional e lúcida, para nos posicionarmos de forma educada e cordial e para apresentar nossa maturidade pessoal.

4.       Para que sejamos avaliados de maneira positiva enquanto profissionais e sermos lembrados e considerados por nossos colegas e líderes em caso de disponibilidade no mercado em futuras seleções.

Após as pertinentes reflexões, existe alguma razão plausível para não utilizarmos nossas indicações ou nosso networking?

Devemos compreender de uma vez por todas que as indicações não devem ser encaradas como uma situação negativa, pois por mais indicado que um profissional seja, ele irá passar pelo processo de seleção e somente será aprovado no processo e chegará à contratação se apresentar as competências necessárias e experiência, bem como conhecimentos profissionais que a empresa busca.

Será que quem tanto reclama não sabe ou não lembra que, todos os profissionais passam por um Período de Experiência (usualmente 60 ou 90 dias), que será o período onde o profissional será devidamente avaliado (bem como o profissional avaliará a empresa) e se houve erro ou negligência no processo de seleção, esse profissional não terá o seu contrato passado para Indeterminado.

Uma parceira de Linkedin inclusive me fez pensar no seguinte ponto: "que quando indicamos alguém, levamos o nosso próprio nome junto". Mesmo por que se a indicação não for positiva, sempre corremos o risco de sermos até mesmo responsabilizados pela má conduta do profissional indicado. E quando a conduta do indicado for positiva, sempre nos estimularemos a promovermos indicações de bons profissionais.

Ainda temos a analisar que, aquele que reclama desse fenômeno e/ou que não conseguem boas indicações, será que foi um profissional confiável ao ponto de ser indicado por algum conhecido? Os profissionais que indicam pensam: "Não coloco a mão no fogo por fulano para indicá-lo à determinada empresa ou oportunidade".

Além do mais, empresas são pessoas jurídicas e não fazem filantropia!
Buscam resultados e lucratividade. Então, por que manteriam profissionais que não contribuirão com os resultados e não darão lucros, apenas gastos com pagamento, benefícios e pesada carga tributária? Apenas para massagear o ego de alguns?

Lógico que não sou Alice e não moro no País das Maravilhas, sei bem que existem empresas antiéticas que utilizam o QI para privilegiar determinados “amigos ou conhecidos” que não apresentam experiência e/ou competências técnicas e comportamentais.

Mas vamos combinar uma coisa? Nestes casos, quem perde é a própria empresa e quem ganha é o bom profissional que se livra de uma empresa que desrespeita os verdadeiros profissionais.

Em contrapartida, de acordo com reportagem veiculada no Valor Econômico de 19 de setembro de 2011, existem inúmeras empresas que premiam seus colaboradores por indicações de profissionais conhecidos  e que se revertem em contratações (premiações que variam entre 300 e 4 mil reais).
Essas empresas utilizando esse tipo de programa, chegam a economizar até 30 mil reais em recrutamento, além do ganho com redução do turnover e do absenteísmo. E olha que a matéria não cita empresas "fundo de quintal" e sim empresas sólidas, tais como: Ernst Young Terco, HP, ABB, SAP e Itautec. Caso se interesse, a matéria está disponível no site da séria ESPM através do link http://www.espm.br/rjclipping/2011/setembro/36428.pdf.

Não é possível que, alguém em sã consciência considere que todas essas empresas estejam erradas ou sejam antiéticas pela prática de privilegiar e premiar por indicações.

Existe também uma matéria publicada na Veja on Line em 2000 que também aborda essa iniciativa e ainda cita outras empresas como Fiat e Clorox, caso se interesse, a matéria está disponível no site da Revista Veja através do link http://veja.abril.com.br/060900/p_146.html

Então reclamar para quê? Adianta alguma coisa? Vai mudar as inúmeras situações do mercado de trabalho?

Visão sistêmica é enxergar as organizações como um todo e não baseado no próprio umbigo. Portanto, o ideal é buscar ajuda em sua rede de contatos (amigos, ex-líderes, ex-colegas de escola – universidade ou empresa) e reforçar sua rede de relacionamentos. Beneficiar-se da rede de contatos é sinal de lucidez e maturidade pessoal e profissional!

Pare de RECLAMAR!
TBS (tire seu bumbum do sofá) e faça alguma coisa de útil por você mesmo: reforce seu networking - ou será engolido pelo mercado de trabalho!

E me desculpe a sinceridade:
"Quem não apresenta visão sistêmica ou holística e capacidade para estabelecer uma simples rede de relacionamentos, É EVIDENTE que se justifica ficar de fora do mercado de trabalho"!
 
Este texto é de propriedade intelectual de:
Simoni Aquino
Consultora em Gestão Estratégica de Pessoas

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2 comentários:

  1. Simoni,
    Acredito que análise negativa de alguns profissionais tenha motivação na prática que observamos no meio político onde as indicações, nem sempre, são realizadas com base em uma avaliação “profissional” do postulante ao cargo.
    Enfim, esperemos que publicações como a sua permitam que esses profissionais avaliem melhor a importância do “networking” no contexto de suas próprias carreiras.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Wagner!
      Inicialmente agradeço-lhe pela visita ao Blog e seja sempre muito bem-vindo!

      Também agradeço por sua pertinente contribuição que complementou de forma muito lúcida o artigo. Muito bem lembrada essa questão das indicações políticas e ainda não podemos deixar de citar o "nepotismo".

      O que os profissionais devem é conscientizar-se que o networking é realmente essencial e um processo que não haverá como retroagir.

      Parabéns pela lucidez!

      Abraço e sucesso,
      Simoni Aquino

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Simoni Aquino
Idealizadora e escritora do Blog Além do RH

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