sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Você conhece a fábula do Gestor e seus Dois Subordinados?


Autor desconhecido
Fonte da imagem: internet

"José trabalhava na mesma empresa havia 20 anos. Sabia “de cor e salteado” seu trabalho. Além do mais, tinha conhecimento do trabalho dos outros colegas, pois ele também passou pelos outros setores e muitos haviam sido treinados por ele.

A empresa estava em processo de modernização e expansão e iniciava a contração de muita mão de obra. Nessa contratação, um rapaz, recém-formado chamado João foi trabalhar com José. 

Com o passar de 1 ano, João tornara-se Líder do departamento de José, estava recebendo um salário 3 vezes maior que o de José, além de ser a escolha certa para assumir a nova gerencia na unidade da capital. Uma segunda-feira logo pela manhã, José já irritado com a situação, dirigiu-se até a sala do diretor. Como eram amigos há anos, José começou usar do seu “social” relembrando quando a empresa tinha apenas algumas máquinas de escrever.

No momento oportuno José disse:
 - “Chefe, eu não acho justo. Eu estou com você há mais de 20 anos, passei por todos os setores da empresa, muitas vezes carreguei isso aqui nas costas e agora vem um moleque todo engomadinho e já é meu líder!!!! Eu quero meu aumento! Eu sou melhor que ele! A empresa me deve isso!!!!”

 O diretor olhou bem refletiu e disse:
 - “Tem razão... e pra comemorar essa minha decisão, irei servir salada de frutas na hora do almoço para comemorar seu reconhecimento. Faça-me uma gentileza, vá comprar o máximo de frutas que puder, e encarregue-se de preparar. Afinal hoje é seu dia!”

 José saiu feliz e preocupado. “Comemorar com salada de frutas? Bem, melhor assim.”. “Onde irei encomendar essas coisas? Quem vai preparar”. 
Ao chegar no estacionamento, ele volta à sala do chefe e pergunta: 
- “Que tipo de Frutas?”
- “A festa é sua, fique a vontade” – responde o chefe.

Ele foi à feira. De lá ele liga no celular do chefe: 
- “Pode ser somente frutas tropicais?”
- “Sim” - Pacientemente responde o chefe.
“E se não tive na feira, posso comprar no mercado?” e o chefe responde: “Sem problemas”.

Depois de muitas consultas e telefonemas, José retorna com algumas dúzias de laranjas e alguns cachos de bananas, correndo para prepará-las, porém o almoço havia terminado.

- “Chefe, me perdoe. Sabe como é... o trânsito, os preços, a crise, a escassez de frutas da época, acabei me atrasando e perdendo a oportunidade de ser reconhecido”.

- “Sem problemas. Você não perdeu oportunidade alguma! Venha amanhã pela manhã em minha sala e conversaremos”.
No outro dia, logo na primeira hora, José subiu a sala do diretor.

- “Bom dia José. Como eu disse, eu irei reconsiderar sim sobre o aumento, o reconhecimento que você pediu, mais eu quero que você observe bem uma situação antes e depois conversaremos, ok?”

O chefe chamou o João, e disse:
- “Hoje iremos dar uma festa na hora do almoço com salada de frutas. Por favor, encarregue-se disso!”
- “Ok.”
 
Bem, José, fique por aqui... Daqui a pouco conversamos.

José pensou consigo: “Se eu que conheço todas as feiras aqui da cidade, sei do que o "homi" gosta, não consegui...e esse novato?".
Por volta da hora do almoço, a cara de alegria de José pelo fracasso de seu amigo era nítida, o diretor chama João na sala. 

- “E ai João, conseguiu preparar o que te pedi?”

- “Sim senhor. Fui na feira aqui próximo e verifiquei que as frutas não estavam frescas, logo, comprei algumas em outras feiras e algumas no mercado, Também verifiquei quais as frutas predominantes nessa época para ter certeza que teríamos produtos de qualidade. Nessa minha pesquisa por produtos de qualidade, eu pesquisei também o melhor preço e economizei 20% da minha verba. Com essa verba, e resolvi inovar e além das frutas, e comprei leite condensado e logo temos dois tipos de saladas: uma natural para os que estão de regime e outra com leite condensado para quem aprecia”.

- E pra quando isso tudo ficará pronto? – perguntou José totalmente assustado.

- Bem, daqui há 10 minutos iremos para o almoço e já está tudo preparado. Eu acompanhei o preparo e até provei.

José abaixou a cabeça e ia saindo da sala, quando seu chefe lhe chamou e disse: 
- “ José, o que estávamos falando sobre competência e reconhecimento?”

José, responde:
- “ Deixa prá lá...”

CONSIDERAÇÕES DA BLOGUEIRA
Invariavelmente, encontramos nas empresas aquele tipo de pessoa que sempre reclama de tudo e que se acha "o injustiçado" por não ter oportunidades: que "cumpre horário", que "nunca chega atrasado", que "nunca falta" e mais todo aquele blá-blá-blá que sabemos de cor.

E pior: ainda alimenta a rádio-peão dizendo: que os outros são "puxa-sacos", que "dizem que fulana saiu com o chefe", que o "fulano ganhou promoção por ser amigo do chefe" e etc, etc e etc...

Não possuem visão holística e uma série de outras competências essenciais e até básicas para compreenderem que o mundo do trabalho vive de resultados concretos e mensuráveis. Que assiduidade e pontualidade é o básico do básico que se espera de um bom profissional e que isso não é competência ou qualidade e sim, obrigação do trabalhador a partir do momento que se assina um contrato de trabalho.
 
E a diferença entre os profissionais que fazem a diferença e o comum: quem tem iniciativa, autonomia responsável, são pró-ativos e apresentam resultados efetivos e rápidos. E além da empresa ser beneficiada, o próprio colaborador é beneficiado com oportunidades de crescimento e amadurecimento profissional, ao contrário de quem só reclama que é reativo e só cumpre o "seu".
Afinal de contas, a fábula deixa bem claro que: profissionais medianos cumprem sua obrigação, profissionais brilhantes surpreendem através de atitudes e resultados! 

O texto das considerações da blogueira é de propriedade intelectual de:
Simoni Aquino 
Consultora em Gestão Estratégica de Pessoas

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