O artigo de hoje estava programado para ser outro, mas há dois dias o mundo
esportivo recebeu uma notícia: o
pedido de demissão de Pep Guardiola, até então técnico do
invejável e quase imbatível Barcelona.
Logicamente que eu não podia perder a oportunidade de fazer um paralelo entre este Líder e o Mercado de Trabalho.
Logicamente que eu não podia perder a oportunidade de fazer um paralelo entre este Líder e o Mercado de Trabalho.
Este artigo não abordará sua atuação como jogador de futebol e também não analisará em detalhes seu cotidiano desde a primeira temporada como técnico do Barcelona, o enfoque deste artigo será sua atuação de forma geral e especialmente da conduta apresentada quando de sua decisão pelo desligamento do clube e os motivos que o levaram a tomar essa decisão.
Voltando a Pep Guardiola, foram 4 anos à frente do Barcelona, time que ao longo deste período ganhou aproximadamente 23 títulos importantes, uma marca considerada incrível no mundo do futebol.
Voltando a Pep Guardiola, foram 4 anos à frente do Barcelona, time que ao longo deste período ganhou aproximadamente 23 títulos importantes, uma marca considerada incrível no mundo do futebol.
Sua liderança contribuiu para que o Barcelona se tornasse
um dos maiores times de todos os tempos e seu estilo tático passou a
ser invejado e estudado por todo o mundo. O próprio presidente do
Barcelona declarou que Guardiola é o melhor técnico que o clube teve até
o momento, tanto que chegou a assinar um cheque em branco para
renovar seu contrato por mais uma temporada, o que dignamente foi recusado e preferiu manter sua opção pelo desligamento do clube.
A filosofia de
trabalho no Barcelona durante sua passagem foi baseada no coletivo,
ou seja, um estilo de jogo que privilegiou a equipe como um todo que trocava passes e valorizava cada posição dentro do conjunto, que
sempre foi baseada em valores de estima, de confiança, de disciplina
e inteligência emocional ao conduzir excelentes atletas e uni-los em
busca de um só objetivo: conquistas memoráveis. Uma equipe de verdade, sem individualismos, estrelismos ou egocentrismos!
Mas enfim, o que Pep Guardiola
tem a ver com um Blog que aborda RH e Mercado de Trabalho?
Tudo, desde que façamos
um paralelo entre liderança e comportamento.
Pep Guardiola no
Barcelona foi um líder que conseguia extrair de sua equipe o
melhor, que aliou estratégia com disciplina, que aliou criatividade com tática, que privilegiava o
coletivo ao invés de se curvar ao estrelismo de apenas um, um líder que nos
vestiários conseguia influenciar seus jogadores para o bem comum,
que criticava para extrair o melhor de seus jogadores, que
privilegiava o ser e não o ter do futebol e que "enxergava" seus
jogadores. Um líder com postura criativa, corajosa e inovadora,
enfim, alguém que inspirava sua equipe a buscar os melhores
resultados, sempre.
Sua saída já vinha
sendo estudada, mas foi culminada pelo fato do Barcelona ter sido
eliminado da Liga dos Campeões e por ter sofrido uma derrota crucial
no campeonato espanhol; e considerando-se desgastado e sem a mesma
energia para contagiar seus jogadores, decidiu demitir-se.
Posicionamentos como
esses são verdadeiros exemplos de dignidade, de liderança
construtiva e positiva, de estímulo ao sucesso, de conquistas de
vitórias e de reconhecimento de limitações.
No Brasil, seja no
esporte ou em qualquer segmento, estamos carentes desse tipo de
filosofia: de privilégio ao coletivo. Líderes que se preocupam com
os resultados e que os conquistam influenciando positivamente suas
equipes, profissionais que lideram sem amedrontar-se com o brilho dos
componentes de sua equipe, de líderes que buscam reconhecimento e
compreendem que este reconhecimento é fruto de suas conquistas
naturais, que reconhecem suas limitações e desmotivações e sabem
o momento certo para saírem de cena, profissionais que mantém-se
honestos e com sua cabeça erguida até no momento de seu
desligamento.
Um líder que reconheceu que não conseguia liderar sua equipe e que já não conseguia influenciá-los para os resultados positivos, que teve a humildade de saber a hora adequada de se retirar e dar lugar a alguém mais adequado para o momento que a equipe vive. Um exemplo!
Pep Guardiola não foi
uma referência apenas para a história do Barcelona, mas também referência de liderança de equipes e de motivação voltada
para resultados para o mercado de trabalho, inclusive.
Hoje, dia 06.05.2012 o Esporte Espetacular da TV Globo veiculou uma interessante matéria sobre a despedida de Guardiola do Barcelona este final de semana.
A matéria traz depoimentos de vários profissionais do futebol a respeito da conduta e do profissionalismo que levaram Guardiola ao sucesso. Assista ao vídeo da reportagem
A matéria traz depoimentos de vários profissionais do futebol a respeito da conduta e do profissionalismo que levaram Guardiola ao sucesso. Assista ao vídeo da reportagem
Este texto é de propriedade intelectual de:
Simoni Aquino
Consultora em Gestão Estratégica de Pessoas
Simoni,
ResponderExcluirMuito bom seu post e muito boa comparacao do Pepe com o mercado de trabalho....
Abs
Francisco Cruz
Olá Francisco!
ExcluirMuito obrigada pelas suas palavras em relação ao artigo e por acompanhar o Blog.
Grande abraço e muito sucesso,
Simoni Aquino
Neste caso! o leader tem que saber motivar os trabalhadores e não jogadores, em seu redor,afim de
ResponderExcluira sua liderança resultar num coletivo de interesses. Com trabalho atingirem o objetivo da Empresa. Os objetivos da Empresa não são atingidos,terá que reconhecer e tomar uma decisão, reconhecendo de quêm a culpa.
Olá Ventoinhas!
ExcluirInicialmente quero agradecê-lo por mais uma vez, contribuir com seus comentários. Muito pertinente quando diz que o líder deve motivar seus colaboradores (no caso do técnico de futebol, seus jogadores) a fim de alcançarem os objetivos organizacionais.
Entretanto, devo discordar quando você cita que deve reconhecer de quem é a culpa quando os objetivos da equipe não são alcançados. O verdadeiro líder assume a culpa pelo erro de sua equipe, pois reconhece que houve falha em sua liderança. Muitas organizações fracassam quando falamos em trabalho em equipe, justamente por que quando um acerta, o grupo todo acerta, mas quando um falha só o que falhou leva a culpa e vira o bode expiratório daquela equipe.
Por isso mesmo que cito o Pep Guardiola como um grande exemplo de Líder, pois ele assumiu suas falhas na condução do Barcelona em jogos decisivos ao invés de buscar um jogador culpado, já que o técnico não entra em campo para jogar.
Obrigada por suas considerações e fica a reflexão!
Grande abraço e ótima semana!
Simoni Aquino
Não sou adepta de futebol, mas o ruído acerca de Guardiola era sempre no bom sentido, enaltecendo as suas qualidades como treinador e como líder. Encontra-se por vezes no futebol(e também noutros desportos) indivíduos com excelentes capacidades de liderança.
ResponderExcluirOlá Leitora!
ExcluirMuito bacana seu comentário, pois o esporte é uma fonte inesgotável de excelentes exemplos de liderança construtiva, bem como de equipes vencedoras e unidas em prol de um objetivo; resultados positivos.
Até nos esportes individuais tiramos excelentes exemplos de dedicação, perseverança e disciplina para conquista de grandes resultados.
Agradeço sua brilhante contribuição!
Abraço e sucesso,
Simoni Aquino
Bom dia Simone, quero parabenizar a você por esse tema, no qual vem abordando muito bem a liderança de um grupo, de uma organização, enfim conseguimos enxergar claramente o caminho para muitas conquistas trabalhando em coletivo valorizando e extraindo o de melhor que existe dentro de cada um, e entendendo também a hora de sair deixando a oportunidade para outro e que venha seguir os bons exemplos aplicados até então.
ResponderExcluirOlá William!
ExcluirInicialmente quero agradecer-lhe por prestigiar o blog e pela parabenização em relação ao tema.
Mas principalmente, agradeço pela sua excelente consideração a respeito de liderança, já que você complementou brilhantemente o artigo com seus comentários.
Grande abraço e muito sucesso!
Simoni Aquino
Olá Simoni,
ResponderExcluirGostei muito do texto que você produziu. E os comentários feitos pelos leitores também. Muito se comenta sobre o coletivismo nas empresas mas, quando a pressão, por menor que seja, aparece, infelizmente impera o "manda quem pode, obedece quem tem juízo". Será que um dia teremos líderes como o Guardiola?
Abraços e parabéns pelo blog
Antonio Kato
Olá Antonio!
ExcluirInicialmente quero agradecer-lhe pela parabenização em relação ao blog e a apreciação em relação ao artigo, bem como dos debates decorridos da participação dos leitores.
Esse é um espaço democrático onde todos podem emitir suas opinões e serãos sempre muito bem-vindos e bem recebidos.
Sua pergunta é muito pertinente e me fez lembrar do Best Seller "O Monge e o Executivo". Uma verdadeira conquista do mercado de trabalho como um todo, o dia que tivermos líderes servidores e não autocráticos.
Sua pergunta fica no ar e permanecerá a dúvida!
Grande abraço e ótimo final de semana!
Simoni Aquino