segunda-feira, 29 de julho de 2013

Novos Links

Olá Caros Leitores!

Depois de um árduo trabalho de mais de dois dias de dedicação, o novo link: Links para Cadastro de CV e Divulgação de Vagas já está disponível.

Agora contamos com mais de 1250 links divididos em várias categorias e são links que contemplarão os mais diversos perfis e objetivos profissionais.

Quem está em busca de recolocação não pode perder!

Divulgue o Blog Além do RH também a seus amigos e conhecidos e vamos juntos formar uma corrente em prol de todos que estão desempregados e buscando recolocação!

Desejo sucesso a todos e se "esbaldem" com milhares de links de divulgação de vagas e cadastramento de currículos!!!

Abraços,
Simoni Aquino

domingo, 28 de julho de 2013

Atualização de Página

Olá caros leitores!
O Blog Além do RH atualizará a página: Links para Cadastro de CV e Divulgação de Vagas com centenas de novos links do Brasil todo e ficará indisponível durante todo o dia de hoje.

Como esta é uma página muito requisitada e visitada diariamente, conto com a compreensão de todos. Posteriormente, estarão à disposição os novos links especialmente para quem busca recolocação!

Abraço,
Simoni Aquino

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Piada sobre fluência em idiomas em processos seletivos

Mais uma pérola da série: Piadas sobre RH

Autor da charge: William - Créditos na imagem

CONSIDERAÇÕES DA BLOGUEIRA:
Esse é um clássico!

O que tem candidato que "se gaba" de dizer que domina outros idiomas, mas na hora "H" da entrevista ou de redigir uma simples redação: fala e escreve muito mal a nossa língua nativa, a língua portuguesa.

Vale a reflexão: 
Você realmente domina outra língua? E o seu português como anda? Consegue fazer uma boa redação, sem erros de gramática, pontuação e concordância verbal? Está antenado com as regras do novo acordo ortográfico?

Se ficou em dúvida quanto às respostas, que tal exercitar a nossa língua portuguesa?
O mercado de trabalho vai te cobrar e pode custar a sua recolocação.

Até a próxima e sucesso!

terça-feira, 23 de julho de 2013

Você conhece a fábula da Serpente e o Vagalume?

Autor desconhecido
Fonte da imagem: internet

"Conta a lenda que, uma vez uma serpente começou a perseguir um vagalume. Este, fugia rápido, com medo da feroz predadora, e a serpente nem pensava em desistir. 
O vagalume fugiu um dia e ela não desistia, dois dias e nada...
No terceiro dia, já sem forças, o vagalume parou e disse a serpente:
- Posso lhe fazer três perguntas?
- Não costumo abrir esse precedente a ninguém, mas já que vou te devorar mesmo, pode perguntar...

- Pertenço a sua cadeia alimentar?
- Não, responde a serpente.

- Eu te fiz algum mal?
- Não, continua a serpente

- O vagalume sem entender, pergunta: Então, por que você quer acabar comigo?
- A serpente conclui: Porque não suporto ver você brilhar..."


CONSIDERAÇÕES DA BLOGUEIRA
Qualquer indivíduo está sujeito a encontrar em seu caminho pessoas que se incomodam com o seu "brilho", seja por inveja do sucesso, seja por incapacidade de realizações parecidas, impossibilidade de colocar em prática competências com resultados semelhantes, ausência de talento, falta de dedicação. Enfim, são tantos os motivos que levam pessoas invejarem outras pessoas, mas o pior mesmo é que a inveja é milenar e cega as pessoas.

Afastar-se de pessoas invejosas é o mais indicado, sem agressões ou ofensas, simplesmente afastar-se para não deixar a possibilidade de que essa pessoa faça parte de sua vida, para não permitir que se possa utilizar de sua abertura para minar suas energias e abrir brechas para arrancar-lhe o sucesso.
Infelizmente, nessa vida encontramos de tudo e todos os tipos de pessoas, não podemos nos privar de viver nossa vida da maneira como desejamos, por conta das pessoas invejosas, o melhor a fazer é continuar tocando a vida adiante, buscando fazer o seu melhor, com dedicação e respeito.


O texto das considerações da blogueira é de propriedade intelectual de:
Simoni Aquino

Consultora em Gestão Estratégica de Pessoas

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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Charge sobre Mercado de Trabalho e Pós-graduação

Agora uma charge sobre: Mercado de Trabalho

Autor da charge: Rômolo
CONSIDERAÇÕES DA BLOGUEIRA:
Com a dificuldade de recolocação, especialmente para quem não se dedicou ou não se interessou pela realização de um estágio e concluiu o curso superior sem experiência na área, acredita que optar por uma pós-graduação irá ajudá-lo a ingressar na área.

Neste caso em específico, a pós não irá ajudá-lo na sua empregabilidade!

Pós-graduação é valorizada no mercado quando o profissional já possui expertise na área e deseja aprimorar seus conhecimentos, complementando sua escolaridade e agregando ao desempenho no trabalho já desenvolvido.

Até a próxima e sucesso!

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Relação entre Empresa e Colaborador

Mais uma da série: Piadas sobre RH

Fonte: www.dilbert.com

COMENTÁRIOS DA BLOGUEIRA:
Isso é o que chamamos de uma empresa que sabe como motivar seu colaborador!

Pior é saber que, ainda tem inúmeras empresas que cortam benefícios básicos de seus colaboradores e ainda se perguntam por quê o clima organizacional fica tão comprometido. Pior de tudo é quando há conivência do sindicato da categoria e os colaboradores ficam desprotegidos de seus direitos mais básicos, como refeição, alimentação e assistência médica.

Já conheci de perto empresas que passaram por graves momentos de crise, mas manter uma estrutura sem ter condições de mantê-la é incoerente e desumano, pois há famílias envolvidas, há comprometimento e profissionalismo em jogo e a "corda sempre arrebenta do lado mais fraco".

Qual a alternativa para o colaborador, nesses casos?
Ir em busca de uma empresa estruturada, que lhe proporcione condições dignas de direitos e que lhe proporcione a segurança necessária para exercer suas atividades profissionais com responsabilidade e dignidade.

Até a próxima e sucesso!

terça-feira, 9 de julho de 2013

Você conhece a fábula do Gerente, o Esterco e as Laranjas?

Autor desconhecido
Fonte da imagem: internet

"Esta é a fábula de um alto gerente de uma grande organização. Estressado com o excesso de trabalho, entrou em colapso nervoso e foi ao médico. Relatou ao psiquiatra o seu caso e médico muito experiente, logo diagnosticou ansiedade, tensão e insegurança. 
Disse ao paciente:
- "O senhor precisa se afastar de suas atividades profissionais, por duas semanas. O conveniente é que vá para o interior, se isole do seu cotidiano e busque algumas atividades que o relaxem."

Munido de vários livros, CD´s e sem o celular, partiu para a fazenda de um amigo. Passados os dois primeiros dias, já havia lido dois livros e ouvido quase todos os CD´s e mesmo assim continuava inquieto. Pensou então que, alguma atividade física seria um bom antídoto para a ansiedade que ainda o dominava. 
Chamou o administrador da fazenda e pediu para fazer algo. O administrador ficou pensativo e viu uma montanha de esterco que havia acabado de chegar. 

Disse ao gerente:
- "O senhor pode ir espalhando aquele esterco em toda aquela área que será preparada para o cultivo." Pensou consigo: "Ele deverá gastar uma semana com essa tarefa". 

Grande engano.
No dia seguinte o gerente já tinha distribuído o esterco por toda a área. Pediu logo uma nova tarefa. 

O administrador então lhe disse:
- "Estamos iniciando a colheita de laranjas. O senhor vá ao laranjal levando três cestos para distribuir as laranjas por tamanho: pequenas, médias e grandes. 
No fim daquele primeiro dia, o gerente não retornou. Preocupado, o administrador se dirigiu ao laranjal. 

A cena que viu foi a seguinte: 
Estava o gerente com uma laranja na mão, os cestos totalmente vazios, falando consigo mesmo: 
- Esta é grande. Não, é média. Ou será pequena??? Esta é pequena. Não, é grande. Ou será média??? Esta é grande. Não, é pequena. Ou será média???"

CONSIDERAÇÕES DA BLOGUEIRA 
Incrível como a vida nos impõe situações onde necessitamos tomar decisões, especialmente no mundo competitivo em que vivemos, temos de saber como lidar não só com o fato de termos de tomar decisões, mas decisões ágeis e assertivas.
Muito comum em nosso dia a dia, tomarmos pequenas decisões que até nos passam desapercebidas: levantar após despertar, escovar os dentes, tomar café da manhã, sair, ir ao supermercado, pagar contas, acessar internet.... entre outras centenas de ações que executamos que sempre iniciam com a tomada de decisão de agir.

Mas e as outras decisões? Aquelas decisões mais estratégicas, que nos obrigam a nos posicionar frente às situações? Em algumas pessoas, a insegurança de tomar uma decisão equivocada e com consequências pode paralisar sua vida, no sentido de evitar situações onde a tomada de uma decisão mais significativa seja essencial.
Isso faz com que se perca oportunidades na vida, seja em aspectos pessoais ou até mesmo profissionais. O receio ou medo de arriscar-se e investir numa decisão faz parte da vida e é justamente um fator determinante para nosso crescimento, se a decisão for errada fica o crescimento e se a decisão for acertada, o crescimento e o aprendizado também estarão presentes. Ou seja, em ambas situações, saímos ganhando.

Afinal de contas, o texto deixa bem claro: "Espalhar fezes é fácil, o mais difícil é tomar decisões". 
Lógico que, dependendo do cenário e do momento, tomar decisões não é fácil realmente, mas o que não se pode permitir é que a falta de coragem em tomar uma decisão, não paralise a sua vida. 


O texto das considerações da blogueira é de propriedade intelectual de:
Simoni Aquino

Consultora em Gestão Estratégica de Pessoas

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sábado, 6 de julho de 2013

Charge sobre Promoção na Empresa

Mais uma charge da série: Piadas sobre RH

Autor da charge: Galhardo

COMENTÁRIOS DA BLOGUEIRA:
Infelizmente no mundo corporativo ainda nos deparamos com essas atitudes que, não são escancaradas, mas que ficam nas entrelinhas de alguns comentários e brincadeiras ácidas, nos comentários feitos nas rodinhas pelos corredores das empresas, no conteúdo de mensagens instantâneas trocadas entre colegas de trabalho e pelos comentários disseminados pela rádio peão.

Isso ainda acontece, pois muitas empresas não são transparentes quanto à sua política de promoções, em quanto os RH´s ainda não possuem a clareza de estabelecer e comunicar a meritocracia nas empresas. Aliado ao fato de que, os profissionais não conseguem enxergar o mérito do outro nas conquistas profissionais.

Lógico que vemos por ai, neste vasto mercado de trabalho, muitas promoções injustas e concedidas por méritos puramente pessoais, mas isso está cada vez mais diminuindo, pois já existe a consciência por parte do corpo diretivo das empresas, que estas vivem e sobrevivem de resultados e ser "amigo" ou "parente" não significa necessariamente apresentar resultados.

As gestões estratégicas de RH há muito tempo possuem ferramentas capazes de medir o desempenho dos colaboradores e promover a meritocracia para que as promoções sejam realizadas de maneira justa e transparente e que motivem a todos os colaboradores a se desenvolverem para ter méritos de crescimento na empresa e progressão em suas carreiras.

As empresas precisam investir em seus departamentos de RH que só tem a agregar na gestão estratégica e se valer do Capital Humano para trazer os resultados corporativos esperados.

Bom, é isso! 
Abraço e até a próxima!

terça-feira, 2 de julho de 2013

Transcrição do Discurso de JK Rowling escritora da saga Harry Potter, na formatura da Harvard University

Fonte da imagem: internet
Atendendo a inúmeros pedidos, hoje publicarei a transcrição do célebre  discurso realizado por JK Rowling, escritora de grande sucesso com a saga Harry Potter, quando foi paraninfa em 05 de junho, da turma de formandos de 2008 da Universidade de Harvard.

Esse discurso aborda sua família de origem pobre, de suas opções na vida acadêmica e de fracasso. Sim, essa famosa e bem sucedida escritora falou sobre fracasso e assume que por anos, fracassou em suas escolhas e a importância da "imaginação" como forma de lutar contra o fracasso. 
Eu mesma, não sou apreciadora deste estilo de literatura, mas isso não me impossibilita de admirar sua história de vida e de suas palavras inspiradoras. Por esses motivos, esse discurso é motivacional e essa personalidade nos serve de inspiração e sua mensagem acabou sendo eternizada através de suas emocionantes palavras: 

"Presidente Faust, membros da Corporação Harvard e do Conselho de Administradores, membros do corpo docente, pais orgulhosos e, acima de tudo, formandos.

A primeira coisa que eu gostaria de dizer é ‘muito obrigado’. Não somente Harvard me deu uma honra extraordinária, mas as semanas de medo e náusea que eu tenho vivenciado ao pensar em fazer um discurso nesta cerimônia de formatura me fez perder peso. Uma situação em que só ganhei! Agora tudo o que eu tenho a fazer é respirar fundo, dar uma olhada nas bandeiras vermelhas e enganar a mim mesma, acreditando que estou na mais bem educada convenção Potter do mundo.

Fazer um discurso em uma cerimônia de formatura é uma grande responsabilidade; ou assim eu pensava até eu relembrar a minha própria formatura. O orador da cerimônia daquele dia foi a distinta filósofa britânica Baronesa Mary Warnock. Refletir sobre o seu discurso me ajudou enormemente a escrever esse aqui, porque percebi que eu não conseguia lembrar de uma única palavra que ela dissera. 

Essa descoberta libertadora me possibilitou continuar sem qualquer receio de que eu poderia influenciar vocês a inadvertidamente abandonar suas carreiras promissoras nos negócios, na justiça ou política para as delícias vertiginosas de se tornar um bruxo gay.

Estão vendo? Se tudo o que vocês se lembrarem nos próximos anos for a piada do “bruxo gay”, eu ainda saí à frente da Baronesa Mary Warnock. Objetivos alcançáveis: o primeiro passo para o aperfeiçoamento pessoal.

Na verdade, eu tenho procurado em minha mente e meu coração o que eu deveria dizer hoje a vocês. Perguntei a mim mesma, o que gostaria de ter sabido em minha própria formatura, e quais lições importantes eu aprendi nos 21 anos que se passaram entre aquele dia e este.
Surgiram-me duas respostas. Neste dia maravilhoso, quando estamos todos reunidos para celebrar vosso sucesso acadêmico, eu decidi falar com vocês sobre os benefícios do fracasso. E, como vocês estão no limite do que muitas vezes é chamado de ‘vida real’, eu quero exaltar a importância crucial da imaginação.

Essas escolhas podem parecer idealistas ou paradoxais, mas por favor me ouçam.

Olhando para trás, aos 21 anos de idade que eu tinha na formatura, é uma experiência um pouco desconfortável para a mulher de 42 anos a qual me tornei. Metade do tempo de minha vida, eu estava em um desequilíbrio preocupante entre a ambição que eu tinha para mim mesma, e o que aqueles mais próximos esperavam de mim.

Estava convencida de que a única coisa que eu queria fazer, sempre, era escrever romances. No entanto, meus pais, ambos os quais vieram de origens pobres e nenhum dos dois tinham ido à faculdade, achavam que a minha imaginação fértil era uma divertida loucura pessoal e que nunca poderia pagar uma hipoteca, ou garantir uma aposentadoria.

Eles tinham esperanças de que eu teria um diploma vocacional; eu queria estudar Literatura Inglesa. Um acordo foi feito e que, em retrospecto, não satisfez ninguém, e eu fui estudar Idiomas Modernos. Mal o carro dos meus pais dobrava a esquina no fim da rua e eu descartava Alemão e corria para os corredores de Literatura Clássica.

Não me lembro de ter contado aos meus pais que estava estudando Literatura Clássica; eles podem muito bem ter descoberto pela primeira vez no dia da formatura. De todos os assuntos desse planeta, acho que eles dificilmente poderiam indicar um menos útil do que Mitologia Grega, quando isso veio para assegurar as chaves para um banheiro executivo.

Eu gostaria de deixar claro, entre parênteses, que não culpo meus pais pelo ponto de vista deles. Existe uma data de validade em culpar seus pais por nos colocar na direção errada; o momento em que você é adulto o suficiente para tomar o controle, a responsabilidade recai sobre você. Além disso, eu não posso criticar meus pais por esperarem que eu nunca experimentasse a pobreza. Eles tinham sido pobres, e eu já fui pobre, e concordo completamente com eles de que esta não é uma experiência nobre. A pobreza implica em medo, e estresse, e, algumas vezes, depressão; isso significa milhares de pequenas humilhações e dificuldades. Sair da pobreza por seus próprios esforços, é de fato algo para se orgulhar, mas a pobreza em si é romantizada apenas pelos tolos.

O que eu mais temia quando tinha a idade de vocês não era a pobreza, mas o fracasso.

Na sua idade, apesar de uma clara falta de motivação na Universidade, onde eu tinha gasto muito tempo escrevendo histórias em cafés, e pouquíssimo tempo assistindo palestras, eu tinha uma aptidão em passar nos exames e que, por anos, tinha sido a medida de sucesso na minha vida e na dos meus colegas.

Não sou tola o suficiente para supor que, por serem, jovens, talentosos e bem educados, vocês nunca passaram por dificuldades ou mágoas. O talento e a inteligência nunca imunizaram ninguém contra o capricho do Destino, e nem por um momento eu imaginei que todos aqui têm desfrutado de uma existência de contentamento e privilégios serenos.
No entanto, o fato de vocês estarem se graduando em Harvard sugere que não estão muito bem familiarizados com o fracasso. Vocês poderão ser conduzidos por um receio do fracasso tanto quanto por um desejo pelo sucesso. De fato, sua concepção de fracasso pode não estar muito longe da ideia de sucesso de uma pessoa comum, tão alto que vocês já voaram academicamente.

No fim das contas, todos precisamos decidir por nós mesmos, aquilo que constitui o fracasso, mas o mundo é bastante ávido para lhe dar um conjunto de critérios, se você deixá-lo. Por isso acho justo dizer que por qualquer medida convencional, meros sete anos após o dia da minha formatura, eu tinha fracassado em escala épica. Um casamento de duração excepcionalmente curta, eu estava desempregada, era uma mãe solteira, e tão pobre quanto é possível ser na Grã-Bretanha moderna sem ser uma desabrigada. Os receios que meus pais tinham tido para mim, e que eu tinha tido para mim, ambos tinham acabado por acontecer, e de acordo com cada padrão normal, eu era a maior fracassada que conhecia.

Agora, eu não vou ficar aqui e lhes dizer que a frustração é divertida. Esse período da minha vida foi bem obscuro, e eu não tinha ideia de que ia acontecer aquilo que a imprensa tem, desde então, descrito como uma espécie de fim de conto de fadas. Eu não tinha ideia de quão longo era o túnel e, por muito tempo, qualquer luz em seu fim era mais esperança do que realidade.

Então, por que eu falo sobre os benefícios do fracasso? Simplesmente porque fracasso significa se despir do que não é essencial. Eu parei de fingir a mim mesma que eu era diferente, e comecei a orientar toda a minha energia em terminar o único trabalho que importava para mim. Se eu realmente tivesse alcançado sucesso em qualquer outra coisa, eu poderia nunca ter encontrado a determinação para ter sucesso naquela área na qual eu verdadeiramente acreditava que pertencia. Eu estava em liberdade, porque o meu maior receio já tinha sido realizado, e eu ainda estava viva, e ainda tinha uma filha a quem eu adorava, e tinha uma velha máquina de escrever e uma grande ideia. Então o fundo do poço se tornou a base sólida sobre a qual eu reconstruí a minha vida.

Talvez vocês nunca falhem na escala que eu falhei, mas alguns fracassos na vida são inevitáveis. É impossível viver sem falhar em algo, ao menos que você viva de forma tão cautelosa que você pode não ter vivido de verdade – nesse caso, você falha por omissão.

O fracasso me deu uma segurança interna que eu nunca tinha atingido passando em exames. Ele também ensinou coisas sobre mim que eu não poderia ter aprendido de nenhuma outra forma. Descobri que tinha uma grande força de vontade e mais disciplina que suspeitava; também descobri que eu tinha amigos cujo valor estava realmente acima de rubis.

O conhecimento que você adquire sábia e fortemente a partir de uma derrota significa que você está, sempre, seguro de sua capacidade de sobreviver. Vocês nunca vão conhecer verdadeiramente a si mesmos, ou a força de seus relacionamentos, até que ambos tenham sidos testados pela adversidade. Esse conhecimento é um verdadeiro dom, por isso que é adquirido arduamente, e tem significado para mim mais do que qualquer qualificação que já ganhei.

Se me dada uma máquina do tempo ou um Vira-Tempo, eu diria ao meu eu de 21 anos que a felicidade pessoal reside em saber que a vida não é uma lista de verificação de aquisições ou realizações. As suas qualificações, o seu currículo, não são a sua vida, embora vocês vão conhecer muitas pessoas da minha idade e mais velhas que confundem as duas coisas. A vida é difícil e complicada, e além do controle total de qualquer um, e a humildade de saber isso irá capacitar-lhes para sobreviver às suas inconstâncias.

Vocês poderiam pensar que eu escolhi meu segundo tema, a importância da imaginação, devido ao seu papel na reconstrução da minha vida, mas não é inteiramente por isso. Apesar de que eu defenderei o valor de contar histórias para dormir até meu último suspiro, eu tenho aprendido a valorizar a imaginação em um sentido muito mais amplo. A imaginação não é apenas a única capacidade humana para prever aquilo que não é, e, por conseguinte, a fonte de todas as invenções e inovações. Na sua capacidade argumentável mais transformadora e reveladora, é o poder que nos permite simpatizar com seres humanos cujas experiências nós nunca compartilhamos.

Uma das maiores experiências da minha vida antecedeu Harry Potter, apesar dela informar muito do que eu escrevi nesses livros em seguida. Essa revelação veio na forma de um dos meus primeiros empregos diurnos. Embora eu costumasse dar uma fugida para escrever histórias durante minha hora de almoço, eu paguei o aluguel, aos meus vinte e poucos anos, trabalhando no departamento de investigação na sede da Anistia Internacional, em Londres.
Lá, em meu pequeno escritório, li cartas escritas rapidamente contrabandeadas dos regimes totalitários por homens e mulheres que arriscaram serem presos ao informar o mundo exterior do que estava acontecendo com eles. Eu vi fotografias daqueles que tinham desaparecido sem deixar rastro, enviadas à Anistia por suas famílias e amigos desesperados. Eu li os testemunhos das vítimas de tortura, e vi fotos de seus ferimentos. Eu abri descrições escritas à mão de testemunhas oculares dos julgamentos e execuções sumárias, de sequestros e estupros.

Muitos dos meus colegas de trabalho eram ex-presos políticos, pessoas que tinham sido deslocadas de suas casas, ou fugiram para o exílio, porque eles tiveram a audácia de pensar independentemente de seu governo. Os visitantes ao nosso escritório incluíam aqueles que tinham vindo para fornecer informações, ou tentar e descobrir o que havia acontecido àqueles que eles tinham sido obrigados a deixar para trás.

Nunca vou me esquecer do africano, vítima de tortura, um jovem não mais velho do que eu era naquela época, que tinha se tornado mentalmente doente depois de tudo que ele tinha sofrido em sua terra natal. Ele tremia descontroladamente enquanto falava para uma câmera de vídeo sobre a brutalidade exercida contra ele. Ele era alguns centímetros mais alto do que eu, e parecia tão frágil quanto uma criança. Foi-me dada a tarefa de escoltá-lo à estação de metrô mais tarde, e esse homem cuja vida foi destroçada pela crueldade pegou a minha mão com sensível cortesia e me desejou um futuro de felicidade.

E enquanto eu viver, vou lembrar de caminhar por um corredor vazio e, de repente, ouvir por detrás de uma porta fechada, um grito de pânico e horror como nunca ouvira antes. A porta se abriu, e a pesquisadora enfiou a cabeça par fora e disse para eu correr e preparar uma bebida quente para o jovem sentado com ela. Ela tinha acabado de lhe dar a notícia de que, em retaliação pela própria sinceridade do rapaz contra o regime de seu país, a mãe dele havia sido presa e executada.

Todos os dias da minha semana de trabalho no início dos meus 20 anos eu era lembrada de quão incrivelmente sortuda eu era por viver em um país com um governo eleito democraticamente, onde um representante legal e um julgamento público eram direito de todos.

Diariamente, eu via mais provas sobre como os males da humanidade irão infligir sobre os seus companheiros, para obter ou manter o poder. Eu comecei a ter pesadelos, literalmente pesadelos, acerca de algumas das coisas que vi, ouvi e li.

E ainda assim eu aprendi mais sobre a bondade humana na Anistia Internacional que eu nunca havia aprendido antes.

A Anistia (Internacional) mobiliza milhares de pessoas que nunca foram torturadas ou presas por suas crenças a agir em nome daqueles que já foram. O poder da empatia humana, que conduziu à ação coletiva, salva vidas e liberta prisioneiros. As pessoas comuns, cujo bem estar pessoal e segurança estão garantidos, juntam-se a um grande número para salvar pessoas que eles não conhecem e nunca conhecerão. Minha pequena participação nesse processo foi uma das experiências mais inspiradoras da minha vida.

Diferente de qualquer outra criatura nesse planeta, os seres humanos podem aprender e compreender sem terem experimentado. Eles podem pensar em si mesmos na mente de outras pessoas, se imaginar no lugar de outras pessoas.
Evidentemente, esse é um poder, como a minha marca de magia fictícia, que é moralmente neutra. Podemos usar esta habilidade tanto para manipular, ou controlar, como simplesmente para compreender ou simpatizar.

E muitos preferem não exercer suas imaginações de forma alguma. Eles optam por permanecer confortavelmente dentro dos limites de sua própria experiência, nunca se preocupando em perguntar como seria ter nascido diferente do que são. Eles podem se recusar a ouvir os gritos ou espreitar dentro das grades; eles podem fechar suas mentes e corações para qualquer sofrimento que não os toquem pessoalmente; eles podem se recusar a saber.
Eu poderia ser tentada a invejar pessoas que conseguem viver dessa maneira, exceto por achar que eles não têm menos pesadelos que eu. Escolher viver em espaços estreitos pode levar a uma forma de agorafobia (medo de lugares abertos), e que isso tem os seus próprios terrores. Eu acho que quem é intencionalmente sem imaginação vê mais monstros. Muitas vezes eles têm mais medo.

Além disso, aqueles que optam por não se simpatizar podem habilitar os verdadeiros monstros. Pois mesmo sem nunca cometermos um ato claro de maldade, nós colaboramos com isso através da nossa própria apatia.
Uma das muitas coisas que aprendi no fim do corredor de Literatura Clássica no qual eu me aventurei aos 18 anos, em busca de algo que eu não conseguia definir, foi isso, escrito pelo autor grego Plutarco: O que nós alcançamos internamente mudará a realidade exterior.

Essa é uma afirmação surpreendente e ainda comprovada milhares de vezes todos os dias de nossas vidas. Ela exprime, em parte, a nossa inevitável ligação com o mundo exterior, o fato de que nós tocamos as vidas de outras pessoas simplesmente por existirmos.

Mas o quão mais vocês estão, formandos de Harvard de 2008, destinados a tocar as vidas de outras pessoas? Sua inteligência, sua capacidade para o trabalho duro, a educação que vocês receberam e passaram, dão a vocês status único e responsabilidades únicas. Até a sua nacionalidade os destaca. A grande maioria de vocês pertence à única super potência remanescente do mundo. A maneira com que vocês votam, a maneira com que vivem, a forma com que protestam, a influência que têm sobre seu próprio governo, tem um impacto muito além de suas fronteiras. 

Esse é o seu privilégio e o seu fardo.

Se vocês escolherem usar seu status e influência para levantar suas vozes em nome daqueles que não têm voz; se optarem por identificarem-se não apenas com os poderosos, mas com aqueles que não têm poder; se vocês preservarem a capacidade de imaginar a si próprios na vida daqueles que não têm as suas vantagens, então não vão ser apenas as suas orgulhosas famílias que vão celebrar vossas existências, mas milhares e milhões de pessoas cuja realidade vocês têm ajudado a transformar para melhor. 

Nós não precisamos de magia para mudar o mundo, nós já carregamos todo o poder que precisamos dentro de nós mesmos: nós temos o poder de imaginar melhor.

Estou quase terminando. 
Eu tenho uma última expectativa para vocês, que é algo que eu já tinha aos 21 anos. Os amigos com quem me sentei no dia da formatura têm sido os meus amigos para a vida. Eles são os padrinhos dos meus filhos, as pessoas a quem eu tenho sido capaz de recorrer em momentos de dificuldades, os amigos que têm a gentileza de não me processarem quando usei seus nomes para os Comensais da Morte. Na nossa formatura, fomos ligados por uma enorme afeição, pelas nossas experiências compartilhadas de um tempo que nunca poderia voltar e, é claro, pelo conhecimento que temos guardado em certas evidências fotográficas que seriam extremamente valiosas se alguns de nós concorrêssemos a Primeiro Ministro.

Portanto, hoje eu posso lhes desejar nada melhor do que amizades parecidas. E amanhã, mesmo se vocês não lembrarem uma única palavra minha, espero que se lembrem aquelas de Sêneca, outro desses romanos antigos que eu conheci quando fugi para o corredor de Literatura Clássica, em fuga de uma carreira promissora, em busca da antiga sabedoria:
Conforme um conto, assim é a vida: não o quão longa ela é, mas o quão boa, é o que importa.

Desejo a todos vidas muito boas! Muito obrigada." 


Créditos:
Tradução: Daniel Mählmann
Revisão: Fabianne de Freitas

  
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