quinta-feira, 19 de abril de 2012

ABRH Seccional Baixada Santista: Case Sofitel - Accor

por Simoni Aquino

Fonte da imagem: Blog da ABRHSP
Ontem foi realizado o evento Temas em Debate da ABRH – Baixada Santista no ESAMC/Santos. Apresentado pela Glaucia Barcelos – Gerente de RH do Sofitel Guarujá, que nos apresentou um mundo de RH ideal através do case sobre a Sofitel – Accor: O papel da Gestão Estratégica das Pessoas em um Projeto e Estratégia Mundial.
Na verdade ela não nos apresentou, ela simplesmente nos brindou com uma apresentação primorosa e sua vivência prática, que nos parece tão longe de nossa realidade: RH “realmente estratégico”.
Fantástica a filosofia global da Sofitel e do Grupo Accor “Be Magnifique”, onde seus empregados não são vistos nem como colaboradores (como costumamos chamar no Brasil) e sim como Embaixadores, detentores de conhecimentos e de competências constantemente aprimoradas e desenvolvidas. O programa de acompanhamento ao colaborador ingressante à empresa com o trabalho de tutoria que visa a socialização do novo embaixador. Os gestores atuam como Empreendedores e além de facilitadores, são multiplicadores dessa filosofia de integração global de excelência.
A valorização da cultura francesa (o Grupo Accor é francês) e o alinhamento com a cultura local demonstra todo o respeito que a empresa apresenta , o atendimento personalizado a seus clientes e a disposição que seus embaixadores demonstram no cumprimento da personalização desse atendimento. Delicadeza do som da música e do aroma do perfume!
RH Estratégico!
Um termo utilizado amplamente no Brasil, mas praticado realmente por poucos, esse case me fez repensar como o Brasil engatinha quando o assunto é a Gestão de Pessoas. Infelizmente ainda encontramos a cultura do RH como um braço do DP e isso é retrógrado demais, especialmente quando temos um choque de realidade ao nos depararmos com uma empresa global, que pensa o RH de forma global e totalmente alinhado com os valores e estratégias da empresa.
Enquanto as empresas no Brasil não enxergarem o RH como ele precisa ser visto e reconhecido, ou seja, como estratégico e valorizando seus empregados como VERDADEIROS COLABORADORES (e não só denominá -los assim, apenas por que “pega bem”), vamos continuar com um mercado de trabalho injusto, com tanta desigualdade e com níveis assustadores de desmotivação organizacional.
O capital humano deve ser valorizado e estimulado, o RH deve fazer parte das mesas de reuniões nos assuntos estratégicos, o RH deve ter autonomia para ser o elo entre a Alta Direção e seus colaboradores, deve ser encarado como fonte de recursos intelectuais e não como fonte de despesas de pessoal.
O RH sofre muitos estigmas por que ele é comumente encarado como um criador de regras, um cobrador de desempenho e um pesquisador de climas para “entregar” os que não se mostram satisfeitos, mas por quê essa visão? Por que estes estão próximos da empresa e distantes dos colaboradores. Em contrapartida, quando o RH se aproxima dos colaboradores para os escutar e olhar para estes com ações mais humanas voltadas à valorização e desenvolvimento, são taxados pela Alta Direção de assistencialistas.
As empresas devem proporcionar aos RH´s um equilíbrio e harmonia para que possam atuar alinhados à empresa e em conjunto com os gestores e colaboradores, atuando como um elo entre todos de forma estratégica e humana.
Os líderes devem repensar posturas e deixar de ser apenas técnicos para serem gestores das pessoas de suas equipes, a fim de "facilitarem” a troca entre empresa e colaboradores.  Todos os envolvidos devem compreender que fazem parte de uma mesma estratégia e que devem atuar de forma integrada e não como inimigos uns dos outros em constante disputa organizacional.
Maravilhoso ter contato com um “universo” onde o RH  e os “embaixadores” recebem o devido valor que merecem. Vergonha alheia para os que se encontram “anos luz” atrás...
Se uma empresa global com o Sofitel consegue fazer uma integração filosófica e prática com profissionais dos hotéis do mundo todo envolvendo os níveis hierárquicos, por que nós no mercado brasileiro não podemos conseguir?
Basta boa vontade, visão holística e responsabilidade empresarial e social! Esse movimento de mudança também de depende de nós, profissionais de RH, que temos que nos preparar e pensar de forma estratégica para que nossa área seja mais valorizada!
Agradeço a todos da ABRH – Baixada Santista por nos brindar com essa oportunidade, em especial à Glaucia Barcelos que nos apresentou essa realidade possível. Excelente organização dos diretores da ABRH e agradável espaço disponibilizado pela ESAMC – Santos.
Cada evento da ABRH – Baixada Santista nos proporciona uma agradável surpresa e oportunidade de ampliação de nossos horizontes, enquanto profissionais de RH e seres humanos.

Este texto é de propriedade intelectual de:
Simoni Aquino
Consultora em Gestão Estratégica de Pessoas

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