domingo, 18 de março de 2012

Procurar trabalho enquanto está empregado?

Fonte da imagem: internet
por Simoni Aquino

Muitos profissionais apresentam essa dúvida e existe a máxima que diz que "trabalho se busca trabalhando". Não acredito nessa frase, considero que ela é mal interpretada e ao fim do artigo explicarei meu ponto de vista. 

Essa é uma questão extremamente delicada por que a análise deve ser realizada levando em conta vários aspectos de todas as partes envolvidas, empresa e profissional:

* Profissional: É salutar e compreensível que um profissional por inúmeros motivos, deseja sair da atual empresa e procure novas colocações e batalhe por elas no mercado de trabalho. Afinal de contas, devemos sempre buscar aquilo que é melhor para nós, especialmente quando já não há motivação ou nos vemos estagnados pela falta de perspectivas de crescimento no contratante atual.

* Empresa Contratante: Essa situação é muito relativa e depende da cultura organizacional de cada organização, entretanto existem empresas que realmente preferem o profissional disponível no mercado e os motivos são inúmeros:

- Há empresas que  necessitam da absoluta "disponibilidade" para início imediato;

- Há empresas que simplesmente possuem em sua Política de Recursos Humanos a determinação de não contratar profissionais que ainda estão ligados à outra empresa e seguem essa política ao pé da letra;

- Há ocasiões em que a posição em aberto necessita que o profissional contratado inicie imediatamente suas atividades e não podem se dar ao luxo de aguardarem o profissional a se desligar da antiga empresa - por causa da burocracia do desligamento e das questões trabalhistas;

- Há empresas que avaliam que o profissional disponível será mais "fiel" ao contratante, uma vez, que a empresa o tirou daquela condição de desempregado, ao passo que, o profissional vinculado à outra esteja "traindo" seu atual empregador, especialmente pelas ausências para participações em processos de seleção e que um dia esse mesmo profissional fará isso com o contratante no futuro;

- Em vagas temporárias, dificilmente ocorre a contratação de um profissional que esteja com vínculo em outra empresa, pois oportunidades temporárias são pontuais e para início imediato e entre um excelente profissional disponível para início imediato e outro excelente também porém empregado, parece muito óbvio que a escolha mais sensata é a de privilegiar o profissional disponível;

- Há casos onde simplesmente o RH e a área requisitante optam por recrutar apenas desempregados e se trata de uma opção soberana da empresa;

- Existem situações que fazem parte de acordo concorrenciais entre empresas de mesmo segmento, que não contratam profissionais ainda ligados à concorrência.

Não vou generalizar e dizer que somente nestes casos acontece, mas na "grande" maioria dos casos, os profissionais que tem sucesso nestas situações são os profissionais de níveis hierárquicos elevados que são disputados por headhunters, ou seja, Alta Gestão. Com os demais níveis hierárquicos pode até acontecer, mas é raro.

Quando ouvimos que a melhor maneira de buscar nova colocação e buscá-la enquanto ainda estamos empregados é uma meia-verdade por todos os motivos expostos anteriormente. Na realidade, enquanto empregados o que devemos fazer é reforçar nosso networking, cursar uma graduação, fazer cursos de especialização e conhecermos pessoas interessantes dentro da nossa área de atuação que nos possa indicar.

Essa uma das ações de empregabilidade, portanto não é que arrumamos emprego trabalhando, o que nos acontece é que nos mantemos empregáveis, mesmo estando ligados à empresa de onde queremos sair.

Existe muito descontentamento ao profissionais que desejam mudar de empresa e não conseguem por ainda estarem empregados, eu mesma já pedi demissão por estar descontente e me sentir estagnada na empresa onde atuava. O que me recusei, foi em continuar atuando desmotivada e correndo o risco de fazer meu trabalho mal feito. Mas isso cabe a cada um decidir e depende de muito planejamento, especialmente financeiro.

O que jamais podemos perder de vista é que, a empresa contratante é soberana nas suas decisões (desde que não fira legislação) e que não tem "culpa" se o profissional empregado está desmotivado com a empresa atual. Muito menos, o profissional desempregado concorrente numa seleção, que no meu ponto de vista deve ser privilegiado, caso apresente as mesmas competências e potencial que um concorrente ainda empregado.

O que devemos fazer é investir em nosso networking, em nosso marketing pessoal e cuidar de nossa empregabilidade!

Abraço e sucesso!

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Simoni Aquino
Idealizadora e escritora do Blog Além do RH

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