por Simoni Aquino
Headhunting significa “caçando cabeças”. Também conhecido
como Executive Search é um serviço especializado de identificação e indicação e
recrutamento e seleção de “executivos” para ocupar cargos de alto escalão em
aberto nas empresas. Esse serviço é contratado pelas empresas que necessitam
dos executivos, portanto não é um serviço voltado à Pessoa Física.
Headhunter significa “caçador de cabeças” e são
profissionais especializados em headhunting. São contratados pelas empresas
para “caçar” no mercado de trabalho, profissionais que a empresa-cliente
precisa admitir, buscam os executivos top de linha e normalmente trabalham com
nomes de profissionais pré-estabelecidos e almejados pela empresa contratante.
CONTEXTO HISTÓRICO
O primeiro headhunter de que se tem conhecimento foi
Thorndike Deland, que surgiu no mundo corporativo americano nos anos 20 atuando
no recrutamento de profissionais para os escalões inferiores de organizações
privadas e para o Depto. de Guerra dos EUA.
Já nas décadas de 50 e 60, surgiram outros headhunters
que conquistaram amplo reconhecimento: Em 1951 - Ward Howell e Canny Bowen (ambos
originários da renomada empresa de consultoria McKinsey & Cia); em 1953 - Sidney
Boyden, Heidrick e Struggles; em 1956 - Spencer Stuart (os quatro foram ex-consultores
da Divisão de Recrutamento e Seleção da Booz Allen & Hamilton); em 1969 - Korn
and Ferry (ex-consultor da Peat Marwick Mitchell) e Russell Reynolds (ex-bancário).
Todos se destacaram não só pelo caráter, nível de
profissionalismo, visão holística ou pelos conhecimentos profundos sobre o
negócio, mas também pela sólida rede de relacionamentos que construíram ao
longo de suas carreiras, especialmente com os altos escalões das organizações.
A década de 70 para os headhunters foi essencial, pois
marcou a expansão de suas atividades de negócios em escala mundial, aproveitando
a expansão da economia global e local o que possibilitou a instalação de escritórios
de headhunting na Europa, Ásia e América do Sul. Atualmente, o Brasil conta com
grandes empresas nacionais e multinacionais de Headhunting desfrutando de boa
reputação já que prestam serviços sérios e consolidados a seus clientes.
ÉTICA DO PROCESSO
Existem vários críticos em relação à atuação ética do
processo de headhunting uma vez que o foco dos headhunters são os profissionais
que estão trabalhando em concorrentes de seus clientes e, portanto a tradução
“caçador de cabeças” virou sinônimo de “ladrão de profissionais”.
Alguns empresários comparam a prática de headhunting à espionagem industrial ou concorrencial e portanto a considera antiética, já que
é capaz de desestabilizar uma empresa que está indo bem em sua gestão, pois o
executivo que está focado em sua atuação passa a ser assediado por algum
headhunter e sua saída, que não estava em seus planos naquele momento, passa a
ser considerada, já que o concorrente oferece remuneração, desafio
profissional, autonomia e condições de trabalho às vezes mais atrativas do que
sua realidade atual, consideram que esse assédio pode inclusive comprometer a
performance do executivo.
Sem entrar no mérito de questões éticas, uma coisa
devemos analisar e ponderar: nenhuma empresa é dona de seu quadro de
colaboradores, ou seja, o executivo não é um bem permanente e tem o direito de
decidir o que é melhor e mais adequado para a sua carreira profissional e se é
o momento de deixar ou permanecer na empresa atual - ou na que o deseja. Além
do mais, se existem consultorias especializadas em headhunting, é por que há
demanda e se há demanda é por que existem empresários solicitando este serviço especializado.
COMPETÊNCIAS DO HEADHUNTER
* Identificar, conhecer e refletir sobre o mercado de
trabalho e a mão de obra executiva em todos os segmentos;
* Conhecer e aprimorar técnicas de negociação e
habilidades de persuasão, investigação, rastreamento, monitoramento, recrutamento
e seleção de executivos (especialmente os profissionais já colocados);
* Utilização, tabulação de testes comportamentais
específicos para executivos;
* Confidencialidade, é absolutamente necessário o sigilo das
informações não só em relação às empresas concorrentes de seu contratante, mas
também em relação à integridade do seu profissional/candidato.
SINERGIA ENTRE HEADHUNTING E OUTPLACEMENT
Num dos artigos anteriores, foi abordado o Outplacement e já
compreendemos como se dá esse processo e sua abrangência. Já que os headhunters
realizam uma varredura no mercado à procura de executivos para seus clientes,
podem estabelecer uma relação sinérgica com os especialistas de outplacement
em busca de indicações, uma vez que ambos se beneficiam dessa relação de
parceria.
Os headhunters ganham, porque são contratados pelas
empresas para buscarem executivos de acordo com o perfil de seu cliente para
preencher a posição em aberto e; os consultores de outplacement também ganham, porque
através dos headhunters realizam a ponte entre o profissional que estão
acompanhando e o mercado de trabalho.
CARACTERÍSTICA ESSENCIAL – E SUA REAL ATUAÇÃO
A principal característica do processo de Headhunting são
as técnicas de rastreamento de profissionais que estão trabalhando, pois são
esses os executivos alvos deste processo.
Hoje existem profissionais se colocando como headhunters
e oferecendo seus serviços a profissionais disponíveis e de qualquer nível
hierárquico. Fuja desses profissionais, são pseudo-headhunters. Os verdadeiros
headhunters trabalham apenas com o alto escalão e preferem os executivos
empregados, somente após esgotados os nomes dos executivos empregados é que
eles partem em busca dos executivos desempregados.
Como a consultoria de headhunting é contratada pela
empresa que precisa contratar o executivo, nenhum headhunter deve cobrar nenhum
valor de pessoa física, ou seja, do profissional escolhido, apenas cobrará da
própria empresa contratante de seus serviços.
Se o profissional disponível for abordado por algum
headhunter e este cobrar por seus serviços, já sabe: tome cuidado!
Abaixo algumas reportagens sérias que abordam este assunto:
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Idealizadora e escritora do Blog Além do RH